O Cidadão Ciberseguro como «medida fundamental para que as empresas possam capacitar os seus trabalhadores» no plano digital

«É no sentido da sensibilização da sociedade que se destaca o lançamento da iniciativa O Cidadão Ciberseguro, uma medida que é fundamental para que as empresas possam conhecer e capacitar os seus trabalhadores» no plano digital, afirmou a Ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva.

Estas declarações foram feitas na abertura da 5.ª edição da Conferência anual C-DAYS, dedicada ao tema Cibersegurança e as Pequenas e Médias Empresas (PME), no Porto.

«A cibersegurança é uma responsabilidade de todos: do Estado, das entidades públicas e privadas, dos órgãos de comunicação social e, sobretudo, de cada um de nós», motivo por que «devemos estar informados e cada vez mais capazes de lidar com este mundo», acrescentou a Ministra.

«A Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço foi um documento produzido de forma inclusiva e amplamente participada», disse ainda Mariana Vieira da Silva.

Referindo que este instrumento de política pública, criado em 2015, foi entretanto «revisto, e a nova Estratégia foi aprovada e publicada nas últimas semanas», a Ministra afirmou que este documento deverá agora «dar origem a um plano de ação, cuja coordenação, acompanhamento, execução e revisão competirá ao Centro Nacional de Cibersegurança».

«A nova Estratégia permite fortalecer e garantir a resiliência digital do nosso País e promover a investigação, o desenvolvimento e a inovação», sublinhou Mariana Vieira da Silva.

A Ministra disse também que «este propósito deverá ser alcançado através da colaboração em rede das diversas entidades envolvidas, para potenciar a capacidade nacional nesta área, atendendo à necessidade de criação e retenção de recursos humanos com competências nas áreas que contribuem para a sociedade digital».

«O Quadro Nacional de Referência para a Cibersegurança tem como objetivo providenciar às organizações um guia que sistematize um conjunto de medidas e controlos para esta problemática», afirmou Mariana Vieira da Silva. 

A Ministra acrescentou que este instrumento «pretende ainda disponibilizar as bases para que as organizações possam cumprir os requisitos mínimos de segurança da informação recomendados, saber qual a legislação em vigor, e estarem preparados para gerir o risco e mitigar o impacto decorrente de eventuais incidentes».

«78% dos trabalhadores portugueses trabalham em PME», lembrou Mariana Vieira da Silva, referindo que, «por isso, não há Estratégia Nacional que possa ser definida sem a sua participação».

E concluiu: «Em paralelo, estão a ser desenvolvidos quatro modelos de avaliação de maturidade em cibersegurança em prevenção, deteção, reação e gestão de segurança de informação, além de uma ferramenta online que permita efetuar o autodiagnóstico do grau de maturidade por parte das empresas e da Administração Pública».