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2019-09-23 às 19h49

Revisão em alta do PIB confirma objetivos orçamentais para 2019

Ministro das Finanças, Mário Centeno
«O Governo interpreta estes números como estando totalmente alinhados com aquilo que são os nossos objetivos orçamentais para o ano» de 2019, afirmou o Ministro das Finanças, Mário Centeno, referindo-se aos dados das contas nacionais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em conferência de imprensa, no Porto, o Ministro acrescentou: «O Governo não tem orçamentos retificativos, não temos de ir à Assembleia da República pedir mais dinheiro aos portugueses para pagar as despesas do Estado». 

«Não pretendo fazer nenhuma revisão, este número que hoje conhecemos está alinhado e é completamente compatível com os objetivos do ano», reafirmou Mário Centeno.

Segundo comunicado da área governativa das Finanças, «os dados publicados pelo INE indicam que o crescimento económico, as contas externas e as contas públicas tiveram uma evolução excecional ao longo da legislatura e descrevem o período de crescimento mais sustentável das últimas décadas». 

Mais crescimento 

«O INE estima que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em termos reais, 3,5% em 2017 e 2,4% em 2018, mais 0,7 e 0,4 pontos percentuais (p.p.), respetivamente, do que as anteriores estimativas», acrescenta o comunicado, referindo que «esta alteração reforça a noção de que a economia teve, ao longo dos últimos anos, um dos melhores períodos de crescimento em democracia, com um ritmo de crescimento que não se verificava desde os anos 90». 

O comunicado acrescenta: «Com estas estimativas, o crescimento de 1,9% previsto no Programa de Estabilidade fica assim mais perto de ser alcançado, credibilizando todo o processo de definição das políticas económicas em Portugal, em especial a política orçamental». 

«O crescimento inclusivo do PIB refletiu-se num aumento de 11,3% do rendimento disponível das famílias entre 2015 e 2018, algo que não se verificava» há mais de 20 anos, refere ainda.

Crescimento e contas externas sustentáveis 

«As mudanças estruturais da economia refletem-se no forte crescimento do investimento e das exportações, cujo peso na economia aumenta 6 p.p. entre 2015 e 2018», lê-se no comunicado. 

E acrescenta: «A economia é hoje menos dependente do consumo, quer privado quer público, cujo peso no PIB caiu 3 p.p. entre 2014 e 2018 p.p. Neste processo de reforço da sustentabilidade económica, destaca-se a melhoria do saldo excedentário das contas externas». 

«Estes resultados de melhoria da situação externa da economia são de uma importância vital para a sustentabilidade da economia», sublinha o comunicado.