O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, presidiu à Cerimónia do Dia da Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana, ocasião em que foi apresentado o Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC).
O Ministro sublinhou a importância da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, considerando-a «fundamental para a afirmação da presença de Portugal no quadro europeu e para a segurança marítima».
O novo Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC) é gerido e operado pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR e baseia-se numa plataforma tecnológica de comando e controlo, composta por um conjunto de Postos de Observação fixos e móveis, instalados ao longo da linha de costa de Portugal Continental, dotados de sensores que permitem a deteção, localização e identificação de ameaças no mar territorial, orla costeira e fronteira externa (marítima) da União Europeia.
«Portugal é um País que tem o seu principal valor geoestratégico decorrente da inserção no Atlântico e o início desta interligação direta entre os sistemas de informação e vigilância costeira português e espanhol reforça tecnologicamente, de forma inovadora, as condições de vigilância na costa sul», afirmou Eduardo Cabrita.
O SIVICC compreende vinte postos de observação fixos distribuídos ao longo de toda a orla costeira do continente, oito postos de observação móvel distribuídos pelas subunidades operacionais e equipamento portátil de visão noturna.
A informação de todos estes sensores é recolhida, analisada, integrada e disponibilizada, em tempo real, nas estações de trabalho e no vídeo wall do Centro de Comando e Controlo Nacional localizado no Comando da Unidade de Controlo Costeiro, em Lisboa.
Interligação na prevenção e combate aos incêndios
Depois da cerimónia, que decorreu em Lisboa, o Ministro referiu que o Governo está a preparar o futuro sobre o que é necessário fazer, antes do próximo verão, e «preparar aquilo que é um modelo assente na estreita interligação entre a prevenção e o combate» aos incêndios.
A GNR vai ter «um papel determinante na prevenção e no combate aos incêndios» através do reforço do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS), enquanto a Autoridade Nacional de Proteção Social vai ser dotada de uma estrutura permanente de um quadro pessoal estruturada que lhe permita dar uma resposta a todas as situações de proteção e socorro.
«A Autoridade Nacional de Proteção Civil vai ser reforçada, consolidando e dando uma estrutura permanente à sua direção, garantindo que esta estrutura tenha um quadro próprio e provida por concurso», acrescentou Eduardo Cabrita.
Para já, para responder ao presente, os meios aéreos foram reforçados até ao final do mês através da contratação de 13 helicópteros e quatro aviões anfíbios. Os meios aéreos disponíveis passaram de 18 para 35 e há também um reforço do patrulhamento que está a ser feito pela GNR e pelas Forças Armadas.