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2019-06-05 às 17h28

«Não é possível investir em educação, sem investir também em instalações»

Primeiro-Ministro António Costa inaugura as obras de requalificação da Escola Secundária de Amarante, 5 junho 2019 (foto: Paulo Vaz Henriques)
O Primeiro-Ministro António Costa inaugurou as obras de requalificação da Escola Secundária de Amarante e visitou as obras de requalificação da Escola Básica 2, 3/S de Arcos de Valdevez. O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou que as obras na Escola Secundária António Arroio, em Lisboa, vão recomeçar. 

O Primeiro-Ministro afirmou que «não é possível investir em educação, sem investir também em instalações», apontando as duas escolas que visitou como exemplos «do esforço que o País voltou a fazer nas instalações escolares depois de um enorme desinvestimento motivado pela crise, e pela forma como foi [inicialmente] desenhado o Portugal 2020, que reduziu em 84% as verbas disponíveis para a requalificação das escolas».

«Foi possível, em parceria com as autarquias, no esforço da reprogramação do Portugal 2020, poupando como a carochinha para poder mobilizar verbas do Orçamento do Estado para investir nas escolas. Temos, neste momento, cerca de 700 escolas onde as obras foram concluídas, estão a ser concluídas ou estão em curso. A última que faltava arrancar, arrancou» no dia 4 de junho: a António Arroio em Lisboa, referiu na escola de Arcos de Valdevez.

Redução de alunos por turma

António Costa destacou as três reformas centrais para o futuro da escola pública, introduzidas nos últimos três anos e meio: a descentralização da educação para os municípios, a autonomia das escolas e a flexibilização curricular, que «são a chave, assentam e dependem da confiança total que temos de ter na comunidade educativa», «que é capaz de fazer mais e melhor».

Em Amarante, o Primeiro-Ministro anunciou que, no próximo ano letivo, o Governo vai reduzir o número de alunos por turma, para que sejam melhor preparados. 

«Para o ano, já nesta escola, em todo o ensino secundário, vamos avançar para a redução do número de alunos por turma, porque sabemos que quanto maior cuidado cada professor puder ter com os alunos que tem a seu cargo melhor contribuímos para o sucesso educativo», disse.

Recuperar o tempo perdido na Educação

António Costa afirmou também que cerca de 45% dos portugueses com 20 anos de idade já frequenta o ensino superior, reiterando o objetivo de pelo menos 60% da população com 20 anos o frequentar em 2030, para reduzir «o maior défice estrutural que o País tem é o défice das qualificações». 

«Finalmente, com esta nova geração, o País está a vencê-lo», disse António Costa, acrescentando que Portugal tem ainda «de recuperar o tempo que perdeu ao longo de um século, de décadas de desatenção com a educação», que fez com que, no início do século XXI, Portugal tivesse ainda 45% de abandono escolar precoce, número que em 2018 baixou para 11,8%.

«Os dados que temos do primeiro trimestre deste ano são de 10,4% e a meta que temos para 2020 é chegar aos 10%», disse, acrescentando que «10% é ainda imenso», pelo que, «chegados aos 10% em 2020, a meta que nós temos de nos propor é mesmo a taxa zero no abandono escolar precoce, porque essa tem de ser a ambição coletiva do País».

Agradecimento ao trabalho das escolas

O Primeiro-Ministro agradeceu diretamente às comunidades das duas escolas que visitou e, através destas, às de todas as escolas do País.

No caso de Amarante, por «não ter desistido e de ter mantido a exigência e a persistência de não deixar que estas obras interrompidas não tivessem uma conclusão». As obras foram iniciadas em 2011, mas que foram interrompidas por duas vezes.

No de Arcos de Valdevez, prestou o seu «grande tributo pelo trabalho» que as comunidades escolares – «aqueles que estão na escola, que vivem, trabalham e estudam na escola» – «mais uma vez, este ano, desenvolveram».

«Quem melhor ensina as crianças é também quem melhor sabe definir o que as crianças precisam e como podem aprender: são os professores e as professoras. A todos e a todas, no final deste ano letivo, muitos parabéns pelo que fizeram, bom trabalho para o futuro», disse.

Todas as obras avançam

O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, referiu que «esta escola teve vários percalços» nas obras, acrescentando que «infelizmente, havia várias escolas no país onde as obras tinham parado: no Monte da Caparica, em Ponte de Lima, na Gago Coutinho, em Alverca…».

Tiago Brandão Rodrigues afirmou que «hoje estamos aqui a celebrar o investimento na qualificação de tantos e tantos amarantinos», depois de todas as dificuldades que enfrentaram. 

As obras na Escola Secundária de Amarante custaram cerca de 12 milhões de euros, criando capacidade para 1 664 alunos.

As obras de remodelação da Escola Básica 2,3/S de Arcos de Valdevez, com cerca de 30 anos e 1 200 alunos, representaram um investimento superior a 4,1 milhões de euros.

O Ministro anunciou também que as obras na Escola Secundária António Arroio, em Lisboa, vão recomeçar. Esta «é a última de todos estas mais de uma dezena de escolas que tinham visto as obras paradas e que agora se reiniciam», disse.