Ministro da Defesa Nacional presidiu ao lançamento de «Prisioneiros de Guerras»

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, presidiu ao lançamento do livro «Prisioneiros de Guerras - experiências de cativeiro no século XX», que decorreu na Academia Militar, em Lisboa.

Durante a apresentação do livro, coordenado por Pedro Aires Oliveira, João Gomes Cravinho destacou o simbolismo do dia 9 de abril - ligado, há 101 anos atrás, à maior captura de soldados portugueses no século XX  - e que constituiu um momento «marcante na consciência nacional» da sociedade portuguesa.

O Ministro referiu também «o trabalho de primeiríssima qualidade» do coordenador da publicação que consegue oferecer «um diferente prisma sobre esta realidade comum dos prisioneiros» e um «conjunto de experiências concretas de prisioneiros de guerra em diferentes cenários de conflito».

«Cada um desses textos oferece uma visão diferente daquilo que são as consequências para a sociedade, que olha para a guerra através do prisma dos prisioneiros», disse João Gomes Cravinho.

O Ministro afirmou ainda que esta não é apenas uma obra «sobre prisioneiros de guerra» mas também «sobre sociedades que têm experiência da guerra», constituindo «uma reflexão muito mais abrangente e aprofundada» sobre o assunto.

A obra «Prisioneiros de Guerras - experiências de cativeiro no século XX», agora lançada, revela um conjunto de situações que portugueses (civis e militares, voluntários e conscritos) viveram quando foram capturados.

O período abrangido pela obra vai da Primeira Guerra Mundial aos conflitos do fim do império, dos campos berberes da Guerra do Rif aos Stalag alemães da Segunda Guerra Mundial e, finalmente, das prisões franquistas da Guerra Civil de Espanha aos cárceres privados de milícias timorenses em 1975.

Partindo da evocação do centenário da Primeira Guerra Mundial e da Batalha de La Lys  os episódios, aqui reunidos, revelam como as convenções internacionais sobre prisioneiros de guerra estiveram quase sempre um passo atrás das complexas realidades criadas pelas guerras modernas.

João Gomes Cravinho aproveitou a ocasião para homenagear o Tenente-General Oliveira Cardoso, Presidente da Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da Grande Guerra - que agora cessou funções - e condecorá-lo com a medalha da Defesa Nacional de 1ª classe.

O Ministro manifestou o «enorme apreço pelo trabalho» que foi feito pelo General ao longo dos últimos cinco anos, sempre «de forma exemplar» capaz de deixar «uma marca tremenda para os historiadores e, sobretudo, para o grande público, que tem hoje em dia uma compreensão completamente diferente daquilo que foi a realidade portuguesa na Grande Guerra».