Foi lançado o concurso de ideias para o futuro Campus da Defesa, que vai funcionar no histórico Regimento de Lanceiros 2, situado entre o Palácio da Ajuda e o Palácio de Belém, em Lisboa.
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou, durante a cerimónia de lançamento do concurso, que o objetivo é atribuir às estruturas e aos funcionários da Defesa Nacional «um espaço funcional e moderno, com as melhores condições de trabalho e perfeitamente integrado com a memória do edifício histórico que o acolherá e em harmonia com a comunidade e o espaço em que se insere, com especial atenção às questões ambientais».
A ambição é que esta «nova sede da Defesa Nacional seja um modelo a seguir por toda a Administração Pública» e que seja entendida como um projeto de interesse nacional e uma «fusão entre modernidade e história», em que a identidade é preservada para «dotar a Defesa Nacional de uma estrutura polivalente, moderna e condigna» de uma área governativa da soberania, disse.
O projeto Campus da Defesa será financiado pela alienação do atual edifício, no Restelo, que alberga atualmente os serviços da Defesa Nacional e o Estado Maior-General das Forças Armadas, sendo portanto financeiramente neutro.
O caderno de encargos deste projeto - publicado na
plataforma eletrónica de compras públicas (acinGov) - refere que as propostas devem: respeitar os princípios de sustentabilidade ambiental e eficiência energética do edifício; salvaguardar as exigências de segurança específicas da Defesa Nacional; respeitar a integração equilibrada no espaço da cidade em que se insere; incluir soluções de conciliação da vida profissional e pessoal, que valorizem as pessoas, consideradas os recursos mais importantes de qualquer instituição.
O Minsitro afirmou ainda que «poder juntar num mesmo espaço uma parte muito significativa dos organismos e instituições que compõem o Universo da Defesa Nacional simboliza esse desejo de estimular a eficiência e a criação de sinergias que advêm da partilha de espaços comuns».
Um espaço inovador
Não obstante as orientações da Direção-Geral de Património Cultural, no que respeita à preservação do edificado, o futuro Campus da Defesa será caracterizado por: eficiência energética nos sistemas de iluminação e climatização; sustentabilidade, através do reaproveitamento das águas das chuvas para rega ou serviços sanitários; sistemas de segurança, incluindo intrusão, incêndios, videovigilância e controlo de acessos; modernas redes de comunicações; instalações técnicas adequadas às classes de segurança de cada zona do edifício.
As instalações terão capacidade para albergar 1300 colaboradores, distribuídos por 500 gabinetes. Prevêem-se também 40 salas de reunião, um auditório principal, com capacidade para 300 pessoas, e um auditório secundário para 100 pessoas. O refeitório terá capacidade para 300 pessoas e o bar para 100 pessoas.
Para além destas estruturas diretamente relacionadas com a missão da área governativa da Defesa Nacional estão previstas outras como creche, minimercado, banco, restaurante, ginásio, balcão único de atendimento (interno e ao público), vários espaços para refeição própria, arquivo, armazéns, salão nobre, núcleo museológico, biblioteca, mediateca, centro de dados, salas de vídeo-teleconferência segura, núcleo de línguas, oficinas de manutenção, gabinete de tecnologias de informação e comunicação, gabinete de segurança e gabinete médico.