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2019-04-05 às 13h04

Metro do Porto com mais seis quilómetros e sete estações

Primeiro-Ministro António Costa entra no metro para o lançamento do concurso de expansão do Metro do Porto, 5 abril 2019
O lançamento do concurso para expansão do Metro do Porto, no valor de 307 milhões de euros até 2022, foi presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa que afirmou que o investimento no transporte público é «um caminho que não pode parar».

A expansão inclui a construção das linhas Rosa, que ligará os Aliados e a Casa da Música, e o prolongamento da Amarela, de Santo Ovídio até Vila d'Este, em Vila Nova de Gaia, representando seis quilómetros de rede e sete estações, retirando 7 mil automóveis da circulação.

«Este projeto de extensão é da maior importância», disse, acrescentando que «no lançamento do plano de redução tarifária, muitos diziam que não basta reduzir preços sem aumentar a oferta», pelo que «é preciso alargar a rede e aumentar as composições», recordando que «estivemos aqui a lançar o concurso para 18 novas composições do Metro do Porto».

António Costa disse ainda que o concurso público conta com o financiamento de 100 milhões de euros de fundos da União Europeia e com mais de 200 milhões do Fundo Ambiental.

800 milhões para transportes na AMP

O Primeiro-Ministro recordou que Programa Nacional de Infraestruturas, em debate na Assembleia da República, prevê «um investimento superior a 800 milhões de euros para desenvolvimento na rede transportes da Área Metropolitana do Porto».

Esta verba de 600 milhões para nova expansão do metro e de 200 para redes de metrobus «não será gerida pelo Governo mas integralmente pela Área Metropolitana do Porto».

António Costa afirmou que «uma das prioridades da atividade política das próximas décadas tem de ser contribuir para inverter tendência das alterações climáticas», do que «depende a própria sobrevivência da humanidade».

E «se quisermos mitigar os efeitos das alterações climáticas, temos de mudar paradigma da mobilidade», razão pela qual «a primeira decisão tomada nesta legislatura foi retirar os transportes urbanos da orgânica do ministério das Infraestruturas para o colocar no ministério do Ambiente».

Afirmando que «a política ambiental precisa da mobilidade urbana como ferramenta fundamental», o Primeiro-Ministro recordou a decisão de «travar o processo em curso de concessões e subconcessões, desenhados meramente numa lógica financeira».

«Claro que temos de ter contas certas, mas a função de empresa de transportes é transportar pessoas. É por isso que foi possível inverter uma tendência de perda de clientes que ia nos 14%. Recuperámos já 12% dos cientes», sublinhou.

Outro «passo fundamental» foi «a descentralização de competências de transportes para Áreas Metropolitanas», pois «não é possível gerir uma Área Metropolitana se não se gerir sistema de transportes».

Mas foi também «necessário criar as condições financeiras para retomar o crescimento de um equipamento da maior importância como é Metro do Porto», que «em 2002 entrou em funcionou», e «teve um pequeno crescimento em 2011» com a extensão até Gondomar, sendo preciso «ir mais longe para servir um maior número de pessoas».

Impacto das novas linhas

O Ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, disse que a nova linha Rosa do Metro do Porto «será o início de uma linha mais completa e circular, que há de atravessar a [Rua da] Constituição, a caminho dos Combatentes ou da Asprela, além de ser o início da ligação ao Campo Alegre».

A construção da linha Rosa, no Porto, e o prolongamento da Linha Amarela de Vila Nova de Gaia até Vila d’Este vão permitir um crescimento de 16% nos 207 mil passageiros por dia do metro, ou seja, somar mais 33 mil passageiros diários.

As duas linhas vão servir o hospital de Santo António e o Centro Materno-Infantil, no Porto, e o Hospital Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, três dos principais centros geradores de viagens em toda a Área Metropolitana do Porto, disse.

Matos Fernandes referiu que «no eixo Júlio Diniz-D Manuel II passam, num dia útil, 650 autocarros», pelo que é «imperioso colocar aí o metro, pois é evidente que as linhas de metro se devem essencialmente construir para dar resposta a uma procura já existente».

O Ministro disse que «com a expansão da rede, é possível reequacionar todo o desenho urbano desse eixo e disponibilizar esses autocarros para o reforço de outras linhas, com menor intensidade de procura».

«O prolongamento da linha amarela até Vila d’Este, servindo o hospital de Gaia, é uma reivindicação antiga e justa para levar o Metro até ao grande bairro que limita, a sul, aquela cidade», acrescentou.

Matos Fernandes destacou ainda os «recordes no número de passageiros no metro do Porto», que em 2018 chegou aos 63 milhões de passageiros, crescendo 3,4% face ao ano anterior.