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O Secretário de Estado do Emprego, Miguel
Cabrita, afirmou que a descida da taxa de desemprego abaixo dos 9% no mês de
julho revela que a recuperação do mercado de trabalho entrou numa «fase muito
diferente», baseada na «criação de emprego líquido».
«Estes dados são muito positivos e aprofundam aquela que tem
sido a tendência muito sustentada do mercado de emprego no último ano e meio»,
disse Miguel Cabrita, referindo-se à revisão em baixa, pelo Instituto Nacional
de Estatística (INE), de 0,2 pontos percentuais da taxa de desemprego de julho,
para 8,9%.
O Secretário de Estado lembrou que, se
durante alguns anos houve «uma recuperação do mercado de trabalho baseada
fundamentalmente na diminuição do desemprego, mas sem conseguir criar emprego
líquido», neste momento se assiste, «claramente, a uma fase muito diferente».
«Esta fase baseia-se na criação de
emprego, acrescentando postos de trabalho àqueles que existiam no mercado de
trabalho», disse Miguel Cabrita.
Face a julho de 2016, quando a taxa de desemprego se cifrava em
10,9%, o Secretário de Estado realçou que, «em apenas um ano, houve uma
diminuição de dois pontos percentuais» deste indicador.
Miguel Cabrita afirmou ainda que esta
redução foi acompanhada de uma criação líquida de emprego «na ordem de cerca de
150 mil postos de trabalho».
Aumento da confiança dos
agentes económicos
«No desemprego jovem, que é um segmento particularmente complexo
do ponto de vista da inserção no mercado de trabalho, em julho de 2016
estávamos nos 27,1%. Agora [em julho de 2017], estamos nos 23%, ou seja, uma
diminuição de quatro pontos percentuais», realçou o Secretário de Estado.
Miguel Cabrita disse também que «esta melhoria consolidada dos
indicadores do emprego está em linha com as previsões e os resultados do
crescimento económico e do PIB, sendo o resultado de uma mudança muito grande
na confiança dos diferentes agentes da economia».
«Quando olhamos para os índices de confiança dos investidores,
dos empresários e dos consumidores, encontramos níveis que estão em máximos
históricos», o que «cria condições para que se crie mais emprego e emprego de
maior qualidade», referiu o Secretário de Estado.
Miguel Cabrita lembrou que, para isso, contribuiu
«a estratégia que tem sido seguida do ponto de vista político, com a devolução
de rendimentos e a garantia de um conjunto de instrumentos de estabilidade que
não existiam anteriormente».
«Há claramente um horizonte diferente na sociedade portuguesa
que se reflete na economia, no comportamento dos agentes económicos e também,
felizmente, no mercado de emprego», concluiu.
Taxa de desemprego no
valor mais baixo desde 2008
O valor de 8,9% da taxa de desemprego é o
mais baixo desde novembro de 2008. O INE estima que a cifra se mantenha em
agosto.
A percentagem apurada para julho representa uma descida em 0,2
pontos percentuais face a junho e menos 0,6 pontos percentuais em relação ao
trimestre anterior.
Para agosto, a estimativa provisória de desempregados foi de 461,4
mil pessoas, tendo aumentado 0,4% (1,8 mil) em relação a julho de 2017, e
diminuído 2,6% (12,4 mil) face ao trimestre anterior.
Quanto à estimativa provisória de
empregados, foi de 4,697,8 milhões de pessoas, tendo diminuído 0,1% (5,1 mil)
face a julho de 2017 e aumentado 0,5% (25,4 mil) em relação ao trimestre
anterior.
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