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2019-09-04 às 17h43

«Investimento privado e exportações foram os grandes motores do crescimento económico»

Primeiro-Ministro António Costa durante uma conferência promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, Lisboa, 4 setembro 2019 (Foto: Mário Cruz/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa destacou que «o investimento privado e as exportações foram os grandes motores do crescimento económico» de Portugal nos últimos anos.
 
Em Lisboa, numa conferência promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, António Costa realçou também a importância fundamental de ter estabilidade para alcançar os resultados positivos.
 
«A devolução de rendimentos deu confiança, a confiança permitiu investimento, o investimento criou emprego e, com esse investimento, as empresas aumentaram a capacidade de competir internacionalmente e de aumentar sempre a quota de mercado ao longo destes quatro anos», acrescentou.
 
António Costa sublinhou ainda a trajetória de convergência com a União Europeia em 2017, 2018 e 2019, dizendo que «todas as previsões apontam para que vai continuar a haver convergência nos próximos anos».
 
País mais preparado para uma futura crise
 
O Primeiro-Ministro frisou que «a estabilidade do quadro macroeconómico é uma garantia importante quanto aos riscos que Portugal sofre numa crise internacional», enumerando as evoluções nos saldos primários positivos, na redução da dívida pública e na melhoria das notações das agências de rating.
 
«Aumentámos em 22 anos o quadro de estabilização da Segurança Social, houve uma redução do nível de endividamento das famílias e empresas, uma maior autonomia financeira das empresas e uma estabilização do sistema financeiro», destacou.
 
António Costa afirmou também que existe atualmente uma capacidade de investimento, tanto no setor privado como no setor público, para atuar em situação de crise económica. O Primeiro-Ministro sublinhou que qualquer quadro de evolução económica que se venha a verificar não vai comprometer a capacidade do Estado em prosseguir investimentos em carteira que atingem 10 mil milhões de euros.
 
Fortalecimento das empresas portuguesas
 
O Primeiro-Ministro sublinhou ainda que «as empresas portuguesas ganharam capacidade de encontrar novos mercados e ganhar quota de mercado», assumindo que o Estado tem assumido medidas que contribuem para o fortalecimento da posição das empresas no estrangeiro.
 
As medidas dividem-se em duas dimensões: ação externa do Estado português, ao criar boas condições para a abertura de novos mercados (só no setor agrícola foram abertos mais de 60 mercados), e exploração de mecanismos de apoio à internacionalização, «que têm de continuar a ser melhorados para ser mais eficazes».
 
O Primeiro-Ministro sublinhou que é necessário criar boas condições para as empresas continuarem a investir, nomeadamente através de instrumentos relacionados com o sistema fiscal, que tem um papel muito importante no esforço de recapitalização. «A União Europeia classificou Portugal como tendo o segundo regime fiscal mais atrativo para o investimento», disse.
 
António Costa destacou também a importância de instrumentos como o Programa Capitalizar, o Indústria 4.0, o Interface e a criação de Laboratórios Colaborativos, referindo que os recursos a fundos comunitários estão a ser cada vez mais bem aproveitados, tanto nos mais tradicionais como em novos fundos dedicados à inovação, transição energética, investigação e desenvolvimento e ciência.