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2019-02-15 às 11h46

Investimento de 90 milhões em novos navios para a Transtejo

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, no lançamento do concurso para 10 novos navios da Transtejo, Lisboa, 15 fevereiro 2019 (foto: Manuel de Almeida/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu ao lançamento do concurso para construção de 10 navios para a Transtejo, um investimento no transporte público no valor de 90 milhões de euros.

No terminal fluvial do Cais do Sodré, em Lisboa, numa cerimónia em que esteve também presente o Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, António Costa destacou a importância do investimento no transporte público de passageiros

«Esta estratégia, em matéria de transportes públicos é particularmente evidente», disse António Costa, sublinhando que «o concurso que vamos lançar para aquisição destas 10 novas embarcações, vale 90 milhões de euros, um investimento superior a todo o que foi feito na legislatura anterior em todo o sistema de transportes públicos».

Na presente legislatura, «o investimento nos transportes públicos foi de 260 milhões de euros no conjunto» referindo reparações e manutenção e compra de novos autocarros e comboios para os metros e o caminho-de-ferro.

Estratégia

O Primeiro-Ministro explicou os passos da sua estratégia: «A primeira decisão fundamental foi transferir para o Ministério do Ambiente e da Transição Energética a tutela sobre os transportes públicos urbanos e suburbanos», «porque um dos desafios fundamentais do futuro é a mitigação das alterações climáticas e este desafio perde-se ou ganha-se nas cidades e nas modalidades de transporte».

O «segundo passo essencial foi a descentralização para áreas metropolitanas, comunidades intermunicipais e municípios das competências relativas aos transportes públicos. Nuns casos avançou depressa», como na Carris para a Câmara de Lisboa e os STCP para os seis municípios que serve, «e o quadro legal está aberto para que municípios e áreas metropolitanas assumam novas responsabilidades» – como a transferência da gestão da Transtejo/Soflusa para a área metropolitana de Lisboa logo que esta o deseje.

O terceiro passo «foi a determinação com que o Ministro Matos Fernandes concentrou esforços e recursos, particularmente do Fundo Ambiental, neste enorme desfio de financiar um sistema que era cronicamente subfinanciado e investir num sistema onde cronicamente não se investia», disse.

Alterações climáticas

O Primeiro-Ministro sublinhou que para «vencer o desafio das alterações climáticas temos mesmo que conseguir a descarbonização da nossa sociedade e para isso é fundamental mudar o paradigma da mobilidade – que não é só mudar de diesel para elétrico – é mudar também do transporte individual para o transporte coletivo».

António Costa afirmou que «o transporte coletivo não pode ser a fatalidade de quem não tem recursos para andar de transporte individual, tem que ser a forma normal de circular para todos, porque é a forma de podermos circular e viver nas cidades do futuro».

«A ligação entre as duas margens é fundamental para que o rio Tejo seja uma ponte» e representa «um desfio para criar melhores condições para a atividade económica nas duas margens, para valorizar turisticamente todo o estuário, para a qualidade de vida e para a melhoria do rendimento das famílias», afirmou.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «o rendimento das famílias não resulta só do salário que recebem, mas também dos bens públicos que têm ao seu dispor e é por isso que investir no transporte público é garantir a todas as famílias que tenham melhor qualidade de vida e mais rendimentos.