Os Ministros da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, homologaram a assinatura de um memorando de entendimento entre o Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Centre) e o Instituto Hidrográfico, em Lisboa.
O memorando estabelece uma parceria e a intenção de desenvolver projetos conjuntos sobre a limpeza dos oceanos, a segurança marítima, questões energéticas e a gestão de dados científicos na produção de conhecimento útil às sociedades.
Durante a sua intervenção, o Ministro da Defesa Nacional referiu que esta é uma parceria «muito feliz», porque permite que as duas instituições partilhem «o interesse no Atlântico» e as «suas imensas potencialidades e responsabilidades».
João Gomes Cravinho referiu também que esta parceira vai contribuir, de forma mais dinâmica, «para a atualização do conhecimento sobre os espaços marítimos dos Estados costeiros do Atlântico, incluindo os da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e dessa forma ajudar na sua exploração responsável e sustentada».
O Ministro afirmou ainda que a parceria vai permitir, através do reforço da capacidade de observação terrestre, a edificação de uma Rede de Observação Oceanográfica Atlântica, no âmbito do AIR Centre.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, referiu que, através do Instituto Hidrográfico da Marinha, o AIR Centre terá acesso a outras instituições congéneres, como o instituto hidrográfico espanhol.
O AIR Centre pretende reunir a investigação em áreas como espaço, oceanos, alterações climáticas e processamento de dados e envolve países Brasil, Espanha, Angola, Cabo Verde, Nigéria, Uruguai e São Tomé e Príncipe, tendo o Reino Unido e a África do Sul como países observadores. Está localizado nos Açores.
Uma parceria de «grande atualidade»
João Gomes Cravinho destacou que o memorando de entendimento cruza agendas ambientais com questões de segurança, questões energéticas e gestão de dados científicos na produção de conhecimento útil às sociedades.
O Ministro disse ainda que «a promoção do conceito de ilhas como observatórios oceânicos» é outra das dimensões que merece destaque porque «valoriza espaços insulares do ponto de vista estratégico, científico e económico».
Na sua primeira visita oficial ao Instituto Hidrográfico da Marinha, João Gomes Cravinho referiu que este é um órgão «incontornável e de enorme valor estratégico na Defesa Nacional» e «potenciar a sua ação na dimensão operacional das Forças Armadas portuguesas e dos nossos aliados» é uma oportunidade «que queremos desenvolver».
O Ministro deu como exemplo do trabalho inovador do Instituto Hidrográfico, o apoio dado às Forças Armadas envolvidas em missões internacionais, «ao nível da informação geoespacial, meteorológica e oceanográfica».
João Gomes Cravinho referiu ainda «a proposta de criação de um Centro de Excelência NATO», já em fase de avaliação pela estrutura da Aliança o que permitirá, ao próprio Instituto, às Forças Armadas e a Portugal «um reconhecimento da qualidade da investigação científica aqui desenvolvida e do seu potencial operacional.»