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2018-02-16 às 19h17

Inovação é uma estratégia que não pode ter avanços e recuos

Primeiro-Ministro António Costa na assinatura da constituição do laboratório colaborativo sobre o vinho do Douro, Vila Real, 16 fevereiro 2018 (Foto: José Coelho/Lusa)
«Esta é a altura de, uma vez por todas, assumirmos que a inovação é mesmo o motor do nosso desenvolvimento e esta é uma estratégia que não pode ter avanços e recuos», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa, em Vila Real, no âmbito do Roteiro Inovação.

A estratégia 2030, que está a ser preparada, deve assentar na inovação e dar às famílias e ao conjunto dos agentes económicos e instituições científicas a confiança de que este é um caminho que o País vai percorrer com «persistência e determinação», disse.

O Primeiro-Ministro recordou os objetivos de aumentar as competências digitais, a intensidade de investimento na inovação e desenvolvimento e a qualificação dos recursos humanos, referidos no lançamento do Roteiro Inovação.

António Costa destacou o de alcançar que 3% do PIB sejam investidos na inovação e desenvolvimento em 2030, acrescentando que «para que isso aconteça, é preciso que todos tenhamos a noção de que isto é mesmo para levar a sério e termos persistência para trabalhar ano a ano, continuadamente, para em 2030 alçarmos esta meta».

«Porque se começamos agora e daqui a três anos andamos para trás, para depois daqui a sete anos andarmos outra vez para a frente, nós não cumpriremos a meta», disse.

«E não podemos voltar a ter qualquer dúvida de qual é a única estratégia que o País pode ter que é mesmo acreditar que é na inovação que está a chave do futuro, e para termos inovação temos que ter qualificação», disse ainda.

Laboratório colaborativo para os vinhos do Douro

O Primeiro-Ministro intervinha no lançamento do laboratório colaborativo Vinha e Vinho do Douro – Vines & Wines, que visa aumentar o volume e o valor do vinho do Porto no mercado mundial e combater as alterações climáticas.

Este laboratório colaborativo de agricultura de precisão, aprovado no Conselho de Ministros dedicado à Inovação, vai juntar a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Região Demarcada do Douro, os produtores, e a Sociedade Fraunhofer.

António Costa realçou a melhoria significativa que a viticultura e os vinhos do Douro têm registado nas últimas décadas, o que aconteceu por que se «juntou à uva o conhecimento».

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que «a presença de um centro Fraunhofer em Vila Real vai ser crítico para aquilo que estamos a tentar fazer com Marrocos, a Tunísia, Argélia, Líbano e países do Médio Oriente».

O Ministro realçou ainda a importância deste centro para «aquilo que pode ser a afirmação internacional da UTAD no Médico Oriente» e para criar emprego qualificado em Vila Real. 

«O conhecimento cria emprego, o conhecimento cria mercados e o que estamos a fazer é dar um passo decisivo na densificação do território, criando emprego com o conhecimento», disse Manuel Heitor.

Os primeiros seis laboratórios colaborativos, que reúnem a academia e a produção em diversas áreas, representam um investimento de 26,8 milhões de euros.

O Primeiro-Ministro inaugurou ainda a Escola Superior de Saúde da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.