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2019-02-05 às 17h56

Governo vai atingir 180 milhões de investimento no litoral em 2019

Ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, cumprimenta cidadão à chegada para o lançamento do concurso para a dragagem da zona superior da lagoa, Caldas da Rainha, 5 fevereiro 2019 (Carlos Barroso/Lusa)
O Governo prevê atingir até ao final deste ano 180 milhões de euros de investimento no litoral onde já foram lançadas intervenções no valor de 112 milhões de euros, disse o Ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, nas Caldas da Rainha.

«Para chegar aos 180 milhões de euros há ainda pelo menos três grandes intervenções para serem lançadas, uma no curto prazo e duas até ao verão», disse o Ministro, referindo a «alimentação artificial da praia da Costa da Caparica e as concentrações de grandes quantidades de areia na Figueira da Foz e no troço mais a Sul entre Espinho e a Torreira».

O Governo aprovou desde 2015 «mais de 50 operações» e intervenções que totalizam os 112 milhões de euros já investidos.

Lagoa de Óbidos

Matos Fernandes falava na Foz do Arelho, após o lançamento do concurso público para a dragagem da zona superior da Lagoa de Óbidos.

Esta «é a segunda maior obra em curso», depois da Ria de Aveiro, representando um investimento de 16 milhões de euros para dragar 875 mil metros cúbicos de areia das bacias no delta do rio Real, no braço da Barrosa e nos canais de ligação do corpo da lagoa, aos braços da Barrosa e do Bom Sucesso.

A empreitada inclui ainda a valorização de uma área de 78 hectares a montante do rio Real, numa zona que no passado foi já utilizada na deposição de dragados.

A obra agora lançada tem, segundo o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, «a particularidade de os sedimentos dragados serem depositados diretamente no mar», numa zona a sul da embocadura da Lagoa de Óbidos e do Gronho, o que vai «contribuir para a minimização da erosão neste troço de costa».

A intervenção pretende «contrariar o fenómeno de assoreamento e melhorar as condições hidrodinâmicas e de qualidade da água» da lagoa onde, em 2015, foi realizada uma primeira fase de dragagens, tendo sido retirados 716 mil metros cúbicos de areia para evitar o fecho do canal de ligação ao mar, pondo em causa a sobrevivência dos seus bivalves.

A obra, que será iniciada no outono e terá a duração de 18 meses, é cofinanciada em 85% pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, sendo a contrapartida nacional assegurada pela Agência Portuguesa do Ambiente.

A Lagoa de Óbidos é o sistema lagunar costeiro mais extenso da costa portuguesa, com uma área de 6,9 quilómetros quadrados que fazem fronteira terrestre com o concelho das Caldas da Rainha a Norte (freguesias da Foz do Arelho e Nadadouro) e com o concelho de Óbidos a Sul (freguesias de Vau e Santa Maria).