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2017-11-20 às 15h07

Governo reitera apelo para poupança de água

Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, durante uma sessão com alunos do primeiro ciclo de uma escola de Vila Nova de Gaia, na Estação de Tratamento de Água de Lever, 20 novembro 2017 (Foto: Manuel Araújo/Lusa)
O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reiterou o apelo para que os portugueses poupem água, no final de uma sessão com alunos do primeiro ciclo de uma escola de Vila Nova de Gaia, na Estação de Tratamento de Água de Lever.

«O Governo tem todas as condições para honrar o compromisso de que não vai faltar água na torneira, mas para que isso aconteça temos mesmo de nos esforçar e consumir a menor quantidade possível», afirmou.

O Ministro destacou o primeiro plano de contingência contra a seca, aprovado em julho, que permitiu «agir por antecipação» e salientou a contratação, por parte das empresas das Águas de Portugal, de «meio milhão de euros em camiões cisterna para abastecer os pequenos aglomerados».

«Estamos a consegui-lo [abastecer os pequenos aglomerados populacionais] em Viseu, mas o nosso sucesso é sobretudo o sucesso que resulta da capacidade que os portugueses têm de empenhar-se por usar a menor capacidade de água possível», acrescentou.

Investimento de 400 milhões de euros

O Ministro do Ambiente referiu que estão a ser investidos no círculo urbano da água «cerca de 400 milhões de euros em todo o País», sendo que o abastecimento do Alentejo interior neste momento representa um investimento de 40 milhões de euros.

«É uma das zonas do País onde a seca é mais evidente, onde menos chove, e onde contamos já no próximo verão ter, por exemplo, a ligação da barragem do Alqueva até Mértola a funcionar em pleno e, desta forma, sossegar bastante um conjunto muito significativo de portugueses», afirmou.

Matos Fernandes destacou a «infraestrutura muito robusta de estações de tratamento que estão capazes de tratar água mesmo quando ela tem uma maior quantidade orgânica» e disse que não existe o risco, de momento, de aumentar o preço da água para os consumidores.

Medidas restritivas não são necessárias

O Ministro afirmou que «não são necessárias medidas restritivas a curto prazo» para a utilização de água, reforçando que a redução de consumo consciente deve continuar a ser o método utilizado para a poupança de água.

«Esta é a nossa proposta e estamos a conseguir ter sucesso, porque estamos a ser cada vez mais bem acompanhados por empresas, autarquias e, certamente, por um conjunto já grande de portugueses», referiu.

Matos Fernandes disse ainda que as medidas de médio e longo de prazo passam por dragar fundos de barragens, altear o coroamento da barragem de Fagilde e retirar as colónias de jacintos que começam a aparecer devido à menor quantidade de águas nos rios.

O Ministro acrescentou também a ligação de alguns sistemas, «como por exemplo o do rio Balsemão, em Lamego, a Viseu, e a partir da barragem do Alqueva, que tem uma excecional capacidade de reserva de água, fazer ainda mais ligações, por exemplo, à albufeira do Monte da Rocha, já na bacia hidrográfica do Sado».