A classificação dos Bonecos de Estremoz como Património Imaterial da Humanidade, atribuída pela UNESCO, é o reconhecimento de uma arte tradicional portuguesa e «um orgulho para o nosso País», refere um comunicado do Ministro da Cultura.
Os Bonecos de Estremoz são o primeiro figurado no mundo a merecer esta distinção da UNESCO, que contribuirá certamente para projetar a manifestação desta arte popular a nível mundial.
«Constituem marcas identitárias deste elemento patrimonial da criação das tradicionais figuras em barro, o processo de modelação (placa, bola, rolo e o vestir da figura), as tipologias de modelos, e ainda o caráter estético, expresso em particular na sua viva policromia», acrescenta.
Rota cultural de manifestações culturais classificadas
O Ministro da Cultura «manifesta o compromisso de dar todo o seu apoio para que outras iniciativas o alcancem e se projetem igualmente num quadro de desenvolvimento sustentável de todo o território nacional», «tendo em vista o Projeto de valorização de uma Rota Cultural que integra todas as manifestações classificadas e em vias de classificação como Património Imaterial da Humanidade das Regiões do Alentejo e do Ribatejo».
O Ministro da Cultura felicita particularmente todos os estremocenses e a Câmara Municipal de Estremoz, responsável pela iniciativa desta candidatura.
Na elaboração da candidatura, além da Câmara de Estremoz, participaram a Direção Regional de Cultura do Alentejo e o Centro UNESCO para a Valorização e Salvaguarda do Boneco de Estremoz, bem como da Comissão Nacional da UNESCO que prestou aconselhamento e efetuou a revisão do processo antes do seu envio.
Este é o sétimo património português inscrito nas Listas da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.
Encontram-se já inscritos o «Fado, canção urbana popular de Portugal» (2011), a «Dieta Mediterrânica» (2013), o «Cante Alentejano, canto polifónico do Alentejo, sul de Portugal» (2014) e a «Falcoaria, património vivo da humanidade» (2016).
Encontram-se incluídos na Lista do Património Cultural Imaterial que necessita de salvaguarda urgente a «Manufatura de chocalhos» (2015) e o «Processo de Confeção da Louça Preta de Bisalhães» (2016).