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2019-06-17 às 17h19

Governo estuda alargar emissão de obrigações a outros setores económicos

O Governo está a estudar a emissão de obrigações agrupadas para vários setores económicos, com enfoque no industrial, após o anúncio de uma operação deste tipo destinada a empresas de turismo, a primeira do género em Portugal.
 
«Estamos a trabalhar nisto há uns meses, a montar a estrutura necessária para o efeito, a lançar estudos para preparar a operação e a testar o apetite do mercado», afirmou o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Estas declarações foram feitas à agência Lusa no Porto, na apresentação da emissão agrupada de obrigações para empresas de pequena e média dimensão (PME) e mid-caps (até 3 mil trabalhadores) do setor turístico, que terá um prazo de sete anos e deverá atingir os 100 milhões de euros.

«Se esta emissão, com candidaturas abertas entre 17 de junho e 15 de julho, correr bem, vamos procurar alargar isto a outros setores nomeadamente ao industrial», acrescentou Pedro Siza Vieira.

Lembrando que «esta vai ser a primeira vez que fazemos estas operações agrupadas destinadas a PME», o Ministro disse: «O que temos visto são emissões de obrigações de grandes empresas, porque os custos associados à emissão de obrigações são muito elevados e só se justificam para montantes significativos».

«Este tipo de operação obriga a que as empresas emitentes prestem um conjunto de informações e assegurem requisitos que normalmente é difícil às PME conseguirem sozinhas», afirmou ainda Pedro Siza Vieira.

O empréstimo obrigacionista vai contar com uma garantia pública, através do Fundo de Contragarantia Mútuo, que cobrirá o risco de cerca de 30% da operação.

«O sistema está montado para que as empresas que reunirem uma série de requisitos em matéria de solidez financeira e económica possam apresentar candidaturas para participar nesta primeira emissão», disse também o Ministro. 

E concluiu: «Se forem selecionadas, em setembro, quando contamos ir ao mercado, poder-se-á levantar até 100 milhões de euros que serão depois reembolsados pelas empresas participantes».

A emissão é dirigida a investidores institucionais nacionais e estrangeiros.