Foram formalmente constituídos 26 parques de receção e armazenamento de madeira afetada pelos incêndios numa cerimónia, presidida pelo Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Mangualde.
A assinatura dos termos de aceitação para a criação dos parques surge na sequência das candidaturas apresentadas pelo município de Vila de Rei e por um consórcio de 25 empresas, liderado pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP).
Situados essencialmente no norte e centro do País, estes parques vão receber cerca de um milhão de toneladas de madeira queimada, entre madeira de serração e madeira de trituração.
O parqueamento da madeira envolve um apoio de cerca de 4 milhões de euros do Fundo Florestal Permanente, no âmbito de um conjunto de medidas anunciadas pelo Governo, e resulta de um processo negocial em que foram envolvidos os municípios, a produção, a indústria e os prestadores de serviços florestais.
Recorde-se que o Governo decidiu atribuir, para a madeira para serração, um subsídio de 4 euros por tonelada de madeira aos produtores florestais e de 3 euros por tonelada de madeira aos parqueadores de madeira de serração para os parques secos e de 3,5 euros por tonelada para os parques regados. Para a madeira de trituração o apoio aos parqueadores é de 1,5 euros por tonelada de madeira parqueada.
A concessão deste apoio pressupõe, no entanto, a verificação de um preço mínimo de aquisição da madeira (em pé no povoamento) aos produtores de 25 euros por tonelada para a madeira de serração, e de 10 euros por tonelada para a madeira de trituração.
Para além destes apoios, o Governo disponibilizou também duas linhas de crédito, num valor global de 8 milhões de euros, destinadas a apoiar o armazenamento e a comercialização da madeira.