O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «com a conclusão do concurso para as 400 vagas para médicos de medicina geral e familiar, se todos os candidatos aceitarem as posições em que ficam, nós conseguiremos atingir 98% de portugueses com médico de família, se todos os candidatos aceitarem as posições em que ficam», em resposta a perguntas dos deputados, durante o debate quinzenal na Assembleia da República.
O Primeiro-Ministro acrescentou que esta é «a maior redução de sempre de portugueses sem médico de família».
O Governo tem «consciência de que não basta abrir vagas, é necessário que as vagas sejam suficientemente atrativas para que haja um número de candidatos suficiente para que elas possam ser completamente preenchidas», disse.
António Costa recordou que «desde o primeiro dia da legislatura, temos vindo a trabalhar para recuperar os 1 300 milhões de euros que tinham sido cortados na legislatura anterior», destacando que hoje existam «mais 11 mil profissionais no Serviço Nacional de Saúde», incluindo reforço de médicos especialistas, enfermeiros e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, «de forma a diminuir a contratação externa».
O Primeiro-Ministro referiu também que no ano entre maio de 2018 e maio de 2019 foram feitas «mais 190 mil consultas nos cuidados primários e mais 140 mil consultas nas unidades hospitalares» do que no mesmo período anterior, pelo que o Estado está «a conseguir recuperar o tempo perdido».
Das cerca de 100 mil consultas em espera «já foi recuperada uma parte significativa até agora, e o objetivo que temos é haver uma recuperação total até ao final do ano».