«As Forças Armadas são hoje um aspeto importante na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na realidade prática dos trabalhos da organização», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, durante a abertura do XVIII Encontro de Saúde Militar da CPLP, que decorre em Lisboa.
«Nós olhamos para a área da saúde militar como uma área que pode ajudar a promover a saúde pública no seu relacionamento com as comunidades locais» referiu João Gomes Cravinho, acrescentando que esta área «extravasa os limites da atuação estrita das Forças Armadas e oferece um serviço mais alargado ao público, por via da formação», «da consulta direta» e «dos exemplos que a saúde militar pode dar à saúde pública nos respetivos países.»
O XVIII Encontro de Saúde Militar da CPLP reúne, na Fundação Champalimaud, representantes e especialistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Destaca-se, neste congresso, o ensino de técnicas de emergência em combate, pela Marinha Portuguesa; a formação em Medicina Aeronáutica e Evacuações Aeromédicas, pela Força Aérea Portuguesa; o relato da experiência no combate ao controlo da epidemia da febre hemorrágica de Marburg, em Angola; e, finalmente, uma comunicação sobre a problemática da quimioprofilaxia e tratamento em contexto militar no caso da malária.
Vão ainda ser debatidas questões relacionadas com a logística, a medicina preventiva e, no âmbito da proteção e apoio sanitário e uma comunicação sobre perturbação pós stress traumático, no contexto da saúde militar.
Será também apresentando um projeto sobre a prevalência de distúrbios do consumo de álcool em militares portugueses integrados em Forças Nacionais Destacadas.