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2019-01-09 às 14h40

Expansão do metro é o investimento que «serve uma maior procura direta»

Primeiro-Ministro, Ministro do Ambiente e Transição Energética e presidente da Câmara de Lisboa no lançamento do concurso de expansão do Metro de Lisboa, 9 janeiro 2019 (Foto: Miguel A. Lopes/Lusa)
O Ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a mobilidade do futuro «será suave, partilhada, elétrica e coletiva», estando previsto no recém apresentado Roteiro da Neutralidade Carbónica uma redução de 85% das emissões carbónicas até 2050.

João Pedro Matos Fernandes discursava em Lisboa, no lançamento do concurso para o «Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa», que prevê a ligação das linhas amarela e verde (que terminam, atualmente, no Rato e no Cais do Sodré) e a criação de duas novas estações de metro, Estrela e de Santos, numa sessão em que discursou também o Primeiro-Ministro, António Costa.

Referindo-se ao Roteiro de Neutralidade Carbónica para 2050, o Ministro afirmou que «em 2050, toda a mobilidade terrestre, de passageiros ou de mercadorias, será elétrica ou a hidrogénio».

No caso dos transportes coletivos, João Pedro Matos Fernandes disse que é preciso apostar na sua capacidade em atrair novos clientes, melhorar a oferta e investir na expansão da infraestrutura.

A melhor solução

Sobre a criação de mais duas estações de metro – Estrela e Santos – o Ministro afirmou que este é o investimento que melhor estrutura toda a rede de metro e aquele que melhor serve «quem vem de fora, nomeadamente, da Linha de Cascais ou da margem sul do Tejo».

«É um investimento que serve uma maior procura direta (o caso da estação da Estrela é uma evidência e ao todo serão mais 9 milhões de passageiros ano), e que permite, a partir da consolidação do núcleo da rede, melhor pensar a sua expansão radial», afirmou ainda.

1100 milhões de euros para mobilidade urbana

Inserido no Plano Nacional de Investimentos, está previsto, «só para a área metropolitana de Lisboa, 1100 milhões de euros, dos quais cerca de 40% são para a expansão da rede do metro», disse João Pedro Matos Fernandes.

Caberá às autarquias decidir onde se localizam estes investimentos, ficando o Estado responsável «pela avaliação da racionalidade desses investimentos nas empresas que tutela.»

Financiamento fora do Orçamento do Estado

A empreitada prevê um investimento total de 210 milhões de euros. O Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR) - e cujo concurso foi agora lançado - financiará, a fundo perdido, 83 milhões de euros. O restante valor será financiado pelo Fundo Ambiental e pela venda do terreno de Sete Rios, para que a obra seja paga sem recorrer ao Orçamento de Estado.

«Esta é também uma nova forma de agir por parte do Ministério do Ambiente, que conseguiu aliar uma visão clara da sua missão no contexto do Governo,  com a procura de receitas próprias que lhe permitam prosseguir políticas de investimento que não dependam de maior ou menor folga orçamental», referiu o Ministro, acrescentando que as receitas do Fundo Ambiental quase triplicam, entre 2018 e 2019.