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«Hoje, a questão da poupança é
indissociável da problemática do endividamento excessivo e da necessidade de
capacitar os cidadãos de maior literacia financeira», afirmou a Ministra da
Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.
Estas declarações foram feitas na
abertura da 8.ª edição da iniciativa «No poupar está o ganho», no Porto, na
data em que se assinala o Dia Mundial da Poupança, 31 de outubro.
«Em Portugal, o nível de endividamento
das famílias atinge valores preocupantes, próximo dos 130% do rendimento
disponível», acrescentou a Ministra, referindo que a taxa de poupança «é metade
dos 12,1% da média da zona euro».
Importância da literacia financeira
Maria Manuel Leitão Marques sublinhou,
por isso, a necessidade de apostar na literacia financeira, quer em formações
para crianças, como para adultos, «como fator que combate à exclusão social».
«É muito importante transmitir
mensagens simples e práticas», disse a Ministra, referindo três ideias-chave:
Em primeiro lugar, «a poupança deve ser
a primeira despesa a efetuar, e não uma reserva que é feita apenas com o que
sobra».
Em segundo lugar, «não é possível ter
tudo o que queremos e desejamos agora», dada a facilidade com que o crédito ao
consumo é concedido na atualidade.
Em teceiro lugar, «o envelhecimento
crescente da população exige que todos poupemos mais ao longo da vida ativa».
Projeto «No poupar está o ganho»
Maria Manuel Leitão Marques realçou
três traços fundamentais do projeto «No poupar está o ganho», uma iniciativa de
referência no domínio da educação e da inovação social:
Em primeiro lugar, o projeto decorre da
«colaboração de vários saberes», nascendo de uma iniciativa da Fundação
Cupertino de Miranda, a que adiante se juntou a Universidade do Porto, e também
o Banco de Portugal e a Administração Pública.
Em segundo lugar, «a capacitação da
comunidade escolar, formando professores para que tenham as competências para
mudar comportamentos nas crianças, para que sejam cidadãos mais bem informados
e tomem melhores decisões financeiras».
Em terceiro lugar, «a importância da
medição e da demonstração de resultados», para revelar tendências de evolução e
áreas de melhoria, concluiu.
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