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2019-08-29 às 12h56

Elisa Ferreira tem todas as competências para honrar Portugal enquanto comissária europeia

Primeiro-Ministro António Costa com o comissário europeu cessante Carlos Moedas e a comissária europeia indigitada Elisa Ferreira, Lisboa, 29 agosto 2019 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
Primeiro-Ministro reuniu-se com Carlos Moedas e Elisa Ferreira
O Primeiro-Ministro António Costa reuniu-se com o comissário europeu Carlos Moedas e com a comissária indigitada Elisa Ferreira, agradecendo a Carlos Moedas o que fez pelo País na Comissão Europeia, e a Elisa Ferreira o ter aceite o seu convite para integrar aproxima Comissão.

Numa declaração após a reunião com a comissária indigitada, o Primeiro-Ministro desejou a Elisa Ferreira «as maiores felicidades no exercício das funções» na próxima Comissão Europeia.

António Costa referiu ter tido «o privilégio de trabalhar várias vezes com Elisa Ferreira – fomos colegas de Governo, colegas na Assembleia da República e no Parlamento Europeu» –, tendo acompanhado toda a sua carreira.

Elisa Ferreira «é uma mulher que tem larga experiência política em Portugal, um grande conhecimento do território, pela sua experiência na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, onde desenvolveu o trabalho pioneiro de criar a operação de desenvolvimento integrado do Vale do Ave, quer depois como Ministra do Planeamento e como Ministra do Ambiente».

Tem também, «uma vasta experiência europeia», tendo contribuído «para desenvolver políticas muito importantes na resposta à crise, enquanto coordenadora do grupo socialista no Parlamento Europeu».

O Primeiro-Ministro destacou ainda a forma como Elisa Ferreira «tem trabalhado ao longo do último ano como vice-governadora do Banco de Portugal contribuindo bastante para a sua credibilização, nomeadamente na função de supervisão».

«Estou, por isso, seguro de que é alguém que tem todas as competências pessoais, técnicas, políticas e de escala europeia para honrar Portugal enquanto comissária», disse, acrescentado que «o Governo sempre disse que escolheria a pessoa com o perfil adequado ao pelouro».

Respondendo a perguntas dos jornalistas, António Costa referiu que «os Governos e os comissários indigitados se comprometeram com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que seria esta a anunciar as pastas dos diferentes comissários».

A escolha da Comissão é «um exercício complexo porque tem de ser feito pela presidente da Comissão tendo em conta que há 27 Estados membros com as escolhas de cada um dos Governos, que há várias famílias políticas, que há equilíbrio regionais, equilíbrios de género, e há o perfil de cada uma das pessoas em função de cada um dos pelouros».

«Portugal apoiou desde o princípio os critérios definidos por Ursula von der Leyen, designadamente quanto ao equilíbrio de género, e no diálogo que decorreu entre Portugal e a presidente da Comissão foram considerados vários nomes e concluímos que a escolha certa para a função era Elisa Ferreira. Estou muito satisfeito e Ursula von der Leyen também está muito satisfeita com a escolha», disse ainda.

O colégio de comissários terá ainda de ser aprovado pelo Conselho Europeu, que integra os Chefes de Estado ou de Governo dos países membros, e ao Parlamento Europeu, que procede à votação final.

«Carlos Moedas foi um incansável defensor de Portugal»

Numa declaração no final da reunião com Carlos Moedas, o Primeiro-Ministro expressou «um grande orgulho pela forma como Portugal esteve, ao longo dos últimos cinco anos, representado na Comissão Europeia por Carlos Moedas. Foi, para mim, um motivo de grande satisfação testemunhar todos os elogios que ouvi de todos os meus colegas» Chefes de Governo ou de Estado, «e o enorme reconhecimento que em toda a Europa encontrei ao excelente trabalho desenvolvido por Carlos Moedas enquanto comissário responsável pelas áreas da Ciência e Inovação».

«Enquanto Primeiro-Ministro quero agradecer a forma impecável como mantivemos sempre um relacionamento muito estreito», disse, acrescentando que «sempre respeitando a independência própria de um comissário europeu, Carlos Moedas foi um incansável defensor dos portugueses e de Portugal em todas as circunstâncias».

«O País deve-lhe muito» e «em todas as circunstâncias, e algumas muito difíceis, durante os últimos quatro anos, Carlos Moedas foi essencial», disse ainda António Costa.