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2017-11-21 às 15h22

Desenvolvimento de competências sociais é fundamental para responder aos desafios do século XXI

Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues

O volume V do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Programme for International Student Assessment – PISA), hoje divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), sublinha que as políticas educativas devem dar prioridade ao desenvolvimento das competências sociais dos alunos, para que estes respondam melhor aos desafios do mundo atual.

Este relatório - que avalia internacionalmente o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura, Matemática e Ciências - apresenta um conjunto de dados referentes a 2015 em que conclui que as competências sociais são, a par das capacidades académicos, ferramentas centrais para o futuro das crianças e jovens.

Pela primeira vez, o PISA avaliou a Resolução Colaborativa de Problemas (RCP), ou seja, a capacidade de uma pessoa se envolver com outra(s) para tentar resolver um problema, uma vez que a OCDE considera que esta é uma competência crítica nos contextos de educação e de trabalho.

Caso português

Portugal, com uma pontuação de 498 pontos, integra um grupo de oito países cujos resultados não diferem significativamente da média da OCDE (500 pontos). Embora os alunos portugueses revelem dos índices mais elevados sobre o trabalho de equipa, os seus desempenhos na Resolução Colaborativa de Problemas são inferiores aos registados em Leitura, Matemática e Ciências.

Para o desenvolvimento de competências sociais, o relatório destaca a valorização do trabalho em equipa, focando a importância das escolas promoverem de forma sistemática:

 - Atividades de comunicação, exposição e argumentação;

- Realização de trabalho prático e experimental;

- Prática de atividade física regular;

Equipas de trabalho diversas e multiculturais.

As conclusões do relatório validam a aposta do Governo nas políticas educativas em curso:

 - A necessidade de um Perfil do Aluno que valoriza a resolução de problemas, a autonomia e o relacionamento interpessoal como áreas a desenvolver;

- O investimento na Educação para a Cidadania;

- O envolvimento dos alunos fomentando a sua participação democrática, patente em medidas como a Voz dos Alunos ou o Orçamento Participativo das Escolas;

- O reforço do papel da escola fundamental junto das populações mais vulneráveis;

- A aposta na autonomia e flexibilidade enquanto oportunidade para implementação de metodologias de trabalho de projeto e de trabalho colaborativo entre alunos e entre os professores.