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2018-03-28 às 13h38

Criminalidade violenta continuou a diminuir em 2017

Ministro Administração Interna, Eduardo Cabrita, e Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, fazem declaração no final da reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, Lisboa, 28 março 2018 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
Ministro Administração Interna, Eduardo Cabrita, faz declaração no final da reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, Lisboa, 28 março 2018 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
O Conselho Superior de Segurança Interna, que se reuniu em Lisboa, apreciou o Relatório Anual de Segurança Interna de 2017, que será entregue à Assembleia da República. 

Numa declaração no final da reunião, o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, destacou «a consolidação de uma tendência de redução» da criminalidade violenta e grave, que baixou 8,7%, «que se tem verificando na última década». 

O Ministro destacou que, ao longo dos últimos anos, Portugal tem sido sistematicamente considerando em várias avaliações internacionais como «um dos países mais seguros do mundo».

«A evolução na área de segurança interna é decisiva para a qualidade de vida, mas também a evolução da economia portuguesa», através do investimento e do turismo, acrescentou.

Sobre a «criminalidade que mais afeta as populações», o Ministro destacou as reduções dos furtos em residências (-14%), em veículos motorizados (-11%) e nas escolas (-6,4), da criminalidade de grupo (-8.8%), dos roubos na via pública e por esticão em transportes públicos.

Aumento dos crimes de incêndio florestal e burla

O Relatório registou um aumento da criminalidade geral de 3,3% em 2017, em relação a 2016, devido ao aumento dos crimes de moeda falsa, incêndio florestal e burla. 

O Ministro referiu que o crime que mais cresceu no ano passado foi o de moeda falsa «por meras razões estatísticas», uma vez que a Polícia Judiciária «registou em 2017 um conjunto de processos relativos a vários anos», o que provocou «um crescimento de 246%, que não corresponde a nenhum fenómeno generalizado de crescimento de circulação de moeda falsa no País».

Outro crime «com crescimento significativo» foi o de incêndio florestal, que aumentou mais de 27%, tendo Eduardo Cabrita atribuído o aumento à situação dramática dos incêndios de 2017.

Este aumento corresponde à «intensificação da atuação das forças e serviços de segurança relativamente» na procura dos autores dos incêndios florestais, que levou à detenção de mais de três dezenas de pessoas.

O Ministro referiu ainda o crescimento do crime de burla, nomeadamente em venda ou arrendamento de habitações, sobretudo através da internet.

Eduardo Cabrita realçou igualmente que até outubro de 2017 se registou uma «justa preocupação» com os assaltos a caixas de multibanco, que aumentaram 73% face a 2016, tendo as medidas adotadas levado «a uma significativa redução» destes roubos em novembro e dezembro de 2017 e nos primeiros meses de 2018.