Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2017-10-20 às 16h52

Conselho Europeu avançou em pontos decisivos para Portugal

Primeiro-Ministro António Costa com o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, no Conselho Europeu, Bruxelas,19 outubro 2017 (foto: União Europeia)
O Primeiro-Ministro António Costa destacou «o debate importante que foi feito em torno da economia digital que é crucial para Portugal e para o desenvolvimento dos nossos programas relativos à Indústria 4.0», durante o Conselho Europeu reunido em Bruxelas a 19 e 20 de outubro, na sua declaração no final da reunião dos Chefes de Estado ou de Governo da União Europeia.

«No âmbito do calendário proposto pelo Presidente [do Conselho, Donald] Tusk para a Agenda dos Líderes, este será um tema central e permitir-nos-á criar, ao longo do próximo ano, as condições para termos decisões ao nível europeu, que não incidam só sobre a tributação, mas também da normalização, de forma a favorecer o desenvolvimento da nossa indústria», disse.

António Costa afirmou também que «no quadro da Agenda dos Líderes vai ter especial importância o tema da reforma da zona euro. É um tema central da política europeia de Portugal, que será objeto de uma cimeira específica da zona euro em dezembro, e que concluirá os seus trabalhos em junho do próximo ano».

Assim, «todo o primeiro semestre de 2018 será marcado por este debate decisivo sobre o futuro da zona euro e sobre a reforma que é necessário introduzir para que o euro seja, não só uma moeda única, mas possa ser que dê benefícios comuns a todos os Estados que a partilham».

Reino Unido: «aquém das expetativas» criadas

Foi ainda feito «o ponto de situação sobre as negociações com o Reino Unido na sequência do Brexit, e, infelizmente, regista-se que estamos aquém das expetativas muito positivas que tinham sido geradas com a intervenção de Theresa May, em Florença», no dia 22 de setembro.

O Primeiro-Ministro referiu que «quer no dossier financeiro, quer, sobretudo, no que diz respeito aos direitos das pessoas, estamos bastante atrasados. No que respeita aos direitos dos cidadãos, há dois pontos para nós particularmente críticos: um, que tem a ver com a reunião de famílias, e outro, que tem a ver com a portabilidade dos direitos sociais». 

António Costa disse, contudo, ter «esperança que, nas próximas semanas seja possível que os negociadores britânicos se aproximem do elevado nível de expetativas que o discurso da Senhora May abriu, e que haja uma coincidência entre a posição política expressa pela Primeira-Ministra britânica e os resultados concretos nas negociações».