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2018-07-12 às 17h09

Ciência deve promover projetos com capacidade para melhorar qualidade de vida em África

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que as instituições científicas portuguesas devem ser capazes de desenvolver capacidades para melhorar a qualidade de vida em África.

Em Lisboa, na apresentação de 16 projetos de Investigação e Desenvolvimento destinados a melhorar as capacidades de resposta dos países africanos aos desafios do desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida das populações, o Ministro destacou «a responsabilidade social e a capacidade científica das instituições portuguesas para ajudar a resolver problemas».

Neste âmbito, os projetos para o desenvolvimento em África financiados no âmbito do protocolo «Iniciativa Conhecimento para o Desenvolvimento», estabelecido em 2016 entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento, terão um financiamento total de 4,6 milhões de euros para promover a investigação científica e o desenvolvimento tecnológico em Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Nigéria e Tanzânia.

Melhor qualidade de vida e promover desenvolvimento

Na cerimónia que decorreu no Centro Ismaili, Manuel Heitor sublinhou que «todos estes projetos têm como objetivo último a qualidade de vida, quer reduzindo as doenças críticas, da tuberculose à Sida, mas também desenvolvendo redes alimentares e de habitat, estudando a biodioversidade e projetos sociais ligados ao desenvolvimento».

«Têm todos uma base científica, as raízes são identificadas localmente e a ideia é cada vez mais os cientistas portugueses ajudarem a capacidade científica, em colaboração com universidades associadas à rede Aga Khan», acrescentou.

O protocolo assinado em 2016 previa três grandes objetivos: usar a capacidade científica portuguesa, em colaboração com outros, para desenvolver novas capacidades científicas em África, evitar a fuga de talentos do continente africano e criar redes africanas de conhecimento.

O Ministro realçou que «este projeto contraria o fluxo típico de africanos para a Europa e tende também a criar uma linha complementar de projetos orientados para desenvolver a capacidade científica» no continente africano.

«Juntamos aqui a rede Aga Khan porque está instalada em muitos países africanos, nomeadamente na Tanzânia e na Etiópia. E o que sabemos é que as sociedades, sobretudo dos países africanos de língua portuguesa, estão muito isoladas e, por isso, queremos contribuir para desenvolver redes africanas de conhecimento», disse.