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2018-01-10 às 21h22

Capacidade orçamental da zona euro é fundamental para aproximar as economias

Primeiro-Ministro António Costa na reunião dos países da Europa do Sul, Roma, 10 janeiro 2018 (Foto: Tiberio Barchielli)
Primeiro-Ministro António Costa na reunião dos países da Europa do Sul, Roma, 10 janeiro 2018 (Foto: Tiberio Barchielli)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «é fundamental que a zona euro tenha a capacidade orçamental adequada, que nos permita a todos fazer os investimentos necessários, eliminar os bloqueios estruturais à nossa competitividade e reforçar o nosso potencial de crescimento», na declaração final da reunião dos países da Europa do Sul, em Roma.

O Primeiro-Ministro disse que «agora que virámos a página da crise, é fundamental que a zona euro tenha, não só os mecanismos que possam fazer face a uma nova crise, mas sobretudo os mecanismos que previnam a existência de qualquer nova crise».

E para isso «é essencial reforçar os instrumentos para a convergência económica e para a convergência social», pois «só aproximando as nossas economias e os nossos níveis de desenvolvimento, daremos estabilidade duradoura à zona euro».

Este «desafio fundamental que felizmente está na ordem do dia» «é completar a nossa união económica e monetária», disse ainda no final da reunião com os Presidentes e chefes de Governo de Chipre, França, Grécia, Itália, Malta e Espanha.

«Acreditamos numa UE centrada nas preocupações dos cidadãos»

António Costa referiu que os países do Sul se reúnem pelas suas afinidades «para ajudar a fortalecer a União Europeia, porque todos acreditamos na União Europeia».

Acreditamos «numa União Europeia centrada nas preocupações dos cidadãos, na União Europeia que aprovou em Gotemburgo o pilar dos direitos sociais», dando-lhe uma dimensão social «que é fundamental para dar confiança aos cidadãos de que a Europa está efetivamente preocupada com cada um deles no seu dia-a-dia».

«Para que os cidadãos acreditem no futuro da Europa é essencial que juntos demos força ao crescimento económico e à criação de emprego, que felizmente temos todos tido no último ano», disse.

Para isto há prioridades muito claras: «reforçar o investimento no que é inovador, no mercado digital, fundamental para a nova sociedade digital em que estamos a viver e que é uma grande oportunidade de desenvolvimento da economia europeia»; e «a união da energia, peça essencial para responder ao grande desafio que se coloca à humanidade que é o das alterações climáticas».

Estas duas áreas «podem ser motores muito fortes do crescimento e da criação de emprego com a modernização das economias europeias».

UE tem respondido

Esta Europa «tem sido capaz de responder ao que são as principais preocupações dos cidadãos», disse, referindo «a ameaça terrorista, onde hoje temos melhores condições de cooperar uns com os outros».

Referiu também a «gestão conjunta e solidária do fenómeno das migrações», apontando a «partilha solidária da responsabilidade de acolher os refugiados».

Referiu ainda «o investimento comum que estamos a fazer no continente africano para promover o desenvolvimento, consolidar a paz, os direitos humanos, o Estado de direito – no fundo, os nossos valores europeus e que têm justificado a existência da União Europeia».

O Primeiro-Ministro concluiu afirmando que «esta é uma agenda muito exigente», mas sublinhando a sua confiança, pois «ao longo destas décadas em que se tem construído, a União Europeia tem sido sempre capaz de superar as dificuldades, de assumir agendas exigentes, e de responder positivamente ao que é essencial para os cidadãos».

Os Chefes de Estado ou de Governo dos países da Europa do Sul aprovaram, à semelhança das reuniões anteriores, uma declaração que foca estes pontos e alguns outros.