Candidatos ao ensino superior público aumentam 3,4% face a 2018

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que o aumento de candidatos ao ensino superior e do número de estrangeiros a estudar em Portugal revela confiança no sistema de ensino.

 

Numa declaração à agência de notícias Lusa, Manuel Heitor referiu que os 51291 inscritos na primeira fase de acesso ao ensino superior, mostram que o número de candidatos aumentou 3,4% este ano, em relação a 2018, o que representa um aumento de 1666 candidatos.

 

«É um sinal muito positivo, mostra que os portugueses querem estudar mais», disse o Ministro, acrescentando que cerca de 46% dos jovens com 20 anos estão hoje a frequentar o ensino superior, um valor «muito superior» ao que se registava em 2015 (40%) ou em 2005 (30%).

 

Para Manuel Heitor, estes resultados representam um passo importante naquilo que é a meta do Governo: chegar ao final da próxima década com seis em cada 10 jovens de 20 anos a frequentar o ensino superior, tendo sempre presente que «o conhecimento será sempre um desígnio de desenvolvimento».

 

 

Relativamente aos estudantes estrangeiros em Portugal, o Ministro referiu que têm aumentado significativamente, isto é, «mais de 50% nos últimos três anos». Só este ano houve um aumento de cerca de 40%, na sua grande maioria oriundos de países lusófonos, sobretudo do Brasil (um terço), Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe. 

 

Manuel Heitor disse que este aumento de estudantes estrangeiros é «um sinal da qualidade e confiança do ensino superior em Portugal e, por isso, são aspetos positivos que têm que continuar a evoluir durante os próximos anos, para chegarmos às metas que ambicionamos».

 

O Ministro destacou ainda o «número crescente» de estudantes europeus a fazer doutoramentos e pós graduações em Portugal, nos últimos anos, oriundos de Itália, Espanha e França, mas também de toda a Europa, em situação de mobilidade no âmbito do programa Erasmus.

 

«Este ano temos em Portugal mais de 16 mil estudantes, parte deles em mobilidade. No ano 2000 eram apenas cerca de dois mil», disse.

 

Manuel Heitor afirmou que este aumento está associado «à atratividade do País, mas também, claramente, à confiança e à qualidade do ensino superior em Portugal, que hoje esta totalmente integrado em redes europeias».