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2018-05-25 às 17h24

Barragem do Lapão vai ser reconstruída para aumentar regadio em Mortágua

O Governo vai reconstruir a barragem do Lapão, em Mortágua, distrito de Viseu, encerrada há 15 anos por falta de segurança, anunciou o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos. Recorde-se que Viseu foi um dos distritos mais afetados pela seca no ano de 2017.

A obra deverá iniciar-se até ao final deste ano, representando um investimento de cinco milhões de euros, que conta com uma comparticipação de 85% de fundos comunitários, afirmou Capoulas Santos, durante a cerimónia de abertura da 5.ª edição da Expomortágua.

A barragem do Lapão, financiada com fundos da União Europeia e concluída em 2001, foi encerrada dois anos depois por alegadas falhas de segurança, tendo ameaçado ruir em janeiro de 2003, na sequência de fortes chuvadas.

«Ninguém descobriu a responsabilidade naquela obra e na situação», referiu Capoulas Santos, acrescentando que «passados 15 anos, não há nenhum tipo de apuramento de responsabilidade, o que me causa estranheza».

O Ministro disse que quando o presente Governo tomou posse havia intenção de demolir a barragem, o que custaria tanto dinheiro como aquele que foi gasto para construir.

«A opção que tomei foi não destruir. Mandámos avaliar as soluções técnicas possíveis e foi-nos demonstrado que é possível reconstruir em condições de segurança e é isso que vamos fazer», sublinhou.

Regadio da barragem da Macieira

Capoulas Santos referiu também que estão «criadas todas as condições para que, muito brevemente, ainda antes do final deste ano», seja aprovado o regadio da barragem da Macieira, também em Mortágua, com um perímetro de rega de 180 hectares.

Este perímetro representará um investimento entre 4,5 e 5 milhões de euros, que será parcialmente financiado pelo Banco Europeu do Investimento e pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa.

Depois da reconstrução da barragem do Lapão, deverá ser feito também aí um perímetro de rega, alargando para um total de 600 novos hectares de regadio na região.

«Trata-se de criar condições para que os agricultores possam ter água e um sistema de rega que torna mais eficiente e mais competitiva a atividade agrícola», disse o Ministros, acrescentando que vai permitir reduzir os efeitos das alterações climáticas e prevenir incêndios, ao criar zonas agrícolas entre espaços florestais.