«Não haverá muitos casos tão eloquentes quanto o da Marinha no que toca à capacidade de dinamicamente reunir passado e futuro, de honrar tradição e modernidade de forma exemplar», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azredo Lopes, durante as comemorações do Dia da Marinha, em Peniche, a 20 de maio, na data exata em que se assinalam os 520 anos da chegada do Vasco da Gama à Índia.
«Na Marinha vemos confluir o orgulho na excelência consolidada ao longo de séculos e o brio posto na construção do Portugal contemporâneo; a coragem com que outrora se rasgaram horizontes e o empenho solidário com que hoje se aproximam todas as distâncias; a Memória de um Portugal imerso na solidão do pioneiro e a projeção da sua vocação de pluralidade em Missão e em contributo», acrescentou o Ministro.
Azeredo Lopes destacou a dignidade e a abnegação com que a Marinha cumpre as suas missões, contribuindo para «a reputação nacional e internacional do País como parceiro capaz e confiável», realçando ainda o espírito de missão, a criatividade na gestão dos recursos disponíveis, a aposta na proximidade e o empenho posto no recrutamento, na certificação e na qualificação, na investigação «que resulta em produção de conhecimento e em ciência, pela segurança das nossas águas, pelas vidas resgatadas à fome do mar, mas, sobretudo, pela vontade, sempre, de bem servir, estou-vos grato, a todos e cada um, enquanto Ministro da Defesa Nacional e enquanto cidadão».
O Ministro disse ainda que tem procurado «capacitar um Marinha equilibrada e tecnologicamente atualizada» e que continuará «a seguir com especial atenção o Centro Meteorológico e Oceanográfico Naval». «Há que continuar a zelar para que cheguem a bom porto os programas de Aquisição e Modernização das Forças Armadas, especificamente, da Marinha».
«Continuaremos a apostar na manutenção e na construção naval e continuaremos a acompanhar a modernização da Esquadra que merece uma Marinha sempre pronta, ao serviço de Portugal e dos portugueses», acrescentou também.
O Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante Mendes Calado, começou por saudar «aqueles que no mar e noutros teatros de operações cumprem, neste momento, a missão da Marinha», quer em missões internacionais, quer no território nacional, recordando que «neste dia, que é igual a tantos outros ao longo do ano, a Marinha tem um total de 782 mulheres e homens em missão, contribuindo para que o País use o mar e para a afirmação de Portugal enquanto país coprodutor de segurança e de paz».
O Almirante Mendes Calado aproveitou a cerimónia para destacar o trabalho desenvolvido pela Marinha e da Autoridade Marítima, enumerando as mais de 1300 vidas salvas em 2017, o contributo do Instituto Hidrográfico no avanço do conhecimento oceanográfico e o esforço que têm dedicado no desenvolvimento e preservação do património cultural.
30 anos depois de se ter associado à elevação de Peniche a cidade, a Marinha portuguesa regressou para celebrar o seu dia nesta localidade marcadamente marítima, ligada à pesca e atividades adjacentes como a construção naval, a indústria conserveira e o turismo náutico.