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2019-04-24 às 20h30

Assegurar alojamento universitário que promova mobilidade «é necessidade inquestionável»

Primeiro-Ministro António Costa na apresentação do projeto de transformação da Antiga Cantina II da Universidade de Lisboa em residência universitária, 24 abril 2019 (Foto: Manuel de Almeida)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «a necessidade de assegurar alojamento que promova a mobilidade regional, e que não impeça quem tem potencial e quem tem capacidade de poder aceder ao Ensino Superior é uma necessidade inquestionável».

Na apresentação do projeto de transformação da Antiga Cantina II da Universidade de Lisboa em residência universitária, o Primeiro-Ministro salientou que a democratização do Ensino Superior é uma condição essencial «para as condições de desenvolvimento do País, para que esse possa ter os recursos humanos de que necessita para construir o seu futuro».

António Costa sublinhou que a percentagem de alunos com acesso ao Ensino Superior em Portugal (40%) está a aproximar-se da média da Europa (42%), mas sublinhou que o País não se pode satisfazer por ter atingido a média, «sobretudo porque a média é móvel, e felizmente ascendente».

Neste sentido, o Governo traçou uma «meta muito claro» para que em 2030 haja um aumento da «taxa de participação de jovens com 20 anos no Ensino Superior, dos atuais 40% para os 60%».

Eliminação de barreiras de acesso

Alcançar este objetivo obriga a um esforço de eliminação de todas as barreiras de acesso ao Ensino Superior, desde a melhoria da qualidade do ensino desde o pré-escolar, passando por «prosseguir o combate contra o abandono escolar precoce, até à criação de condições para que haja mais jovens a terem acesso ao Ensino Superior.

«Ninguém possa ser impedido de aceder ao ensino superior por razões económicas», reiterou António Costa, referindo que o custo do alojamento é atualmente uma das principais barreiras.

O Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior «tem uma importância estratégica, que envolve uma totalidade de 42 concelhos em todo o País", e «dirige-se a todas as universidades e a todos os politécnicos».

O objetivo do Governo passa por duplicar o número de camas nas residências universitárias até 2030, o que significa «fazer mais 15 mil camas de residências universitárias.

200 novas camas com transformação de cantina

O projeto de transformação da Antiga Cantina II da Universidade de Lisboa em residência universitária vai permitir a criação de 200 novas camas. «Este arranque é a demonstração de como todo estão comprometidos em alcançar o objetivo», disse António Costa.

«Desde o Estado às universidades e às autarquias, todos estamos a fazer o que nos compete fazer para cumprir esta meta, e isto é uma condição essencial para que as famílias tenham melhores condições para poderem fazer o investimento mais importante que podem fazer no futuro dos seus filhos, que é investir na educação», afirmou.

O Primeiro-Ministro realçou que o programa de alojamento «é uma peça-chave» para o sucesso da estratégia de aumento de alunos no Ensino Superior, seja a um nível de mobilidade regional, com estudantes nacionais, ou internacional, com a atração de alunos de outros países.