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2019-03-25 às 14h52

Alinhar políticas públicas, políticas das universidades e estratégias empresariais cria mais e melhor emprego

Primeiro-Ministro António Costa visita a fábrica da Bosch, Ovar, 25 março 2019
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à cerimónia de assinatura de dois novos protocolos de inovação da multinacional alemã Bosch com as Universidades do Minho e do Porto, que representam um investimento de cerca de 50 milhões de euros até 2022. A cerimónia decorreu na fábrica de Ovar, especializada em sistemas de segurança de tecnologia de edifícios.

Os protocolos de inovação assinalam um novo ciclo de investimento na inovação em Portugal e têm como foco o desenvolvimento de soluções nas áreas da mobilidade, cidades inteligentes e seguras e indústria conectada. 

A Bosch estima que estes dois contratos permitirão contratar de cerca de 300 pessoas pela empresa e pelas universidades. A parceria com a Universidade do Porto destina-se ao desenvolvimento de internet das coisas para cidades seguras.

O Primeiro-Ministro apontou a necessidade de continuar a investir no conhecimento científico, alinhando «as políticas públicas com as políticas das universidades e as estratégias empresariais», para criar mais e melhor emprego.

Portugal atrai investimento

O Primeiro-Ministro afirmou que «numa altura em que a economia global introduz enormes fatores de incerteza, verificamos que, felizmente, continuamos a ter uma trajetória de atração e reforço de investimento».

António Costa destacou os resultados do último concurso dos incentivos ao investimento, que encerrou há cerca de uma semana, e que teve «mais de 2 800 milhões de euros de investimento candidatado por mais de uma centena de entidades».

Este resultado «demonstra bem que as empresas continuam a querer investir, porque acreditam que, não obstante as incertezas da economia mundial, há confiança na economia portuguesa e na nossa capacidade de produzir bem e, por isso, sermos mais competitivos em todo o mundo, mesmo numa época de incerteza».

Recuperar a década perdida

António Costa referiu também que as previsões indicam que a economia portuguesa continuará a crescer acima da média europeia em 2019, acrescentando que devemos ter a ambição «de ter uma década sustentada e continuada de crescimento acima da média europeia», pois «só assim conseguiremos recuperar a década que ficou perdida». 

«Só assim conseguiremos colocar-nos num patamar onde daqui a sete anos possamos dizer hoje temos ambição para ir mais longe, para fazer mais e melhor», afirmou.

Para isto, é fundamental «manter a credibilidade internacional como país seguro, como país de excelente mão de obra e de produção de conhecimento científico, e como país de contas certas que conseguiu estabilizar o seu sistema financeiro, consegue estar sustentadamente a reduzir a sua divida publica e a cumprir as metas que se propôs relativamente a diminuição dos défices orçamentais». 

O Primeiro-Ministro disse que o País «foi capaz, nas últimas décadas, de se transformar e reinventar, atraindo investimento estrangeiro de alta qualidade não só para produzir, mas também para inventar os produtos que exportam para todo o mundo».

«É isto que permite que o País tenha, em poucos anos, passado de um país onde as exportações tinham um peso diminuto no Produto Interno Bruto para um país onde as exportações hoje já contam 44% no PIB», acrescentou.

O Primeiro-Ministro foi acompanhado pelo Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e o Secretário de Estado da Economia, João Neves.