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2018-03-21 às 15h10

Agência Lusa com estratégia clara de valorização do jornalismo livre

Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes
O Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, afirmou que a agência Lusa tem hoje «uma estratégia clara e definida, que valoriza a missão pública que lhe está atribuída, que se deve caracterizar por um jornalismo independente, pluralista, isento e rigoroso», na conferência «A Sustentabilidade dos Media em Portugal», em Lisboa.

«A Lusa passa também, a partir de hoje, a ter uma nova liderança capaz de levar o seu projeto adiante», acrescentou o Ministro, referindo que, «para tal, convidámos o jornalista Nicolau Santos».

Luís Filipe de Castro Mendes sublinhou que, «tal designação simboliza um ponto crucial no panorama mediático, dando mais força aos jornalistas para assegurar um jornalismo livre, isento, plural e rigoroso como um dos principais pilares da sociedade democrática».

Sustentabilidade financeira dos media do Estado

«Foi assegurado, para a agência de notícias, um financiamento adequado e estável, sendo-lhe atribuída uma indemnização compensatória a três anos, com um aumento de 20,3% face a 2015», disse ainda o Ministro.

Luís Filipe de Castro Mendes realçou que «uma das principais preocupações do Governo tem sido a sustentabilidade financeira das empresas públicas de comunicação social», para poderem cumprir com rigor o serviço público que lhes compete.

«Tanto na Lusa como na RTP esse objetivo tem sido conseguido. As empresas estão financeiramente equilibradas e têm todas as condições criadas para cumprir a sua missão de serviço público», disse o Ministro.

Recentramento da missão da RTP

«A RTP tem um financiamento estável e foi recentrada na lógica do serviço público, com uma forte componente educativa e cultural, e uma lógica de programação diferenciada dos privados», afirmou também Luís Filipe de Castro Mendes.

E acrescentou: «O Governo defendeu a aposta em conteúdos de qualidade, diferenciados, assumindo-se a RTP como um operador de referência com um posicionamento distinto dos privados». 

«Valorizamos a sua dimensão educativa e cultural, destacando-se na promoção da cultura e das artes, na articulação com instituições culturais a nível nacional e regional, na divulgação do livro, no apoio ao cinema e à produção independente, na digitalização e disponibilização gratuita do arquivo online aos cidadãos e na adequação da programação aos diversos tipos de público, através de ferramentas online», referiu o Ministro.

Novo regime de incentivos aos media

Outro tema referido por Luís Filipe de Castro Mendes dizem respeito à introdução, na ordem jurídica europeia, de um novo direito conexo para os editores de imprensa. 

O Ministro disse que estão, assim, criadas as condições para que o regime de incentivos à comunicação social passe a funcionar num quadro de normalidade, assegurando à imprensa local e regional, e às rádios locais, a concessão de apoios a projetos relativos à modernização tecnológica e desenvolvimento digital.

A assembleia-geral da Lusa que irá aprovar as contas e eleger o Presidente da agência de notícias está agendada para esta tarde.