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2017-07-19 às 15h56

Aprovado Plano de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos efeitos da seca

Ministros da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, e do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins

O Governo aprovou o Plano de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos efeitos da seca na reunião da comissão interministerial, em Lisboa.

O Plano é composto por um conjunto de medidas preventivas da seca, que regista os piores valores desde 1995, em termos de disponibilidade real da água.

Na conferência de imprensa após a reunião, o Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, afirmou que 16 albufeiras portuguesas estão a menos de 40% da sua capacidade, enquanto - no final de junho -eram 14 nesta situação.

Consumo humano de água assegurado

O Ministro sublinhou que a situação de seca «é preocupante e heterógena, tendo em conta que há bacias hidrográficas, nomeadamente no norte litoral do País, que não têm qualquer problema e têm um nível de armazenamento de água superior ao que é comum nesta época do ano».

«O problema coloca-se no sul do País, sendo a situação particularmente preocupante na bacia hidrográfica do Sado», realçou também, acrescentando – porém – que «é uma preocupação com solução», e «ainda se está em tempo de tomar um conjunto de medidas».

João Pedro Matos Fernandes afirmou que «o consumo de água está absolutamente salvaguardado passando, com o Plano hoje aprovado, a ficar claro a hierarquia de usos da água».

Depois do consumo humano de água, o segundo uso mais relevante é dar de beber aos animais, seguido das regas agrícolas e das lavagens urbanas, fontanários e viaturas.

Preço da água mantém-se

O Ministro disse ainda que «o preço da água não vai aumentar. O valor que as pessoas vão pagar aos municípios vai ser o mesmo, ao longo deste verão e dos seguintes».

«A única despesa que está a ser feita para dar resposta ao fenómeno da seca é a contratação de uma espécie de pré-reserva para camiões cisterna para levar água aos sistemas mais isolados onde este problema se pode colocar», referiu João Pedro Matos Fernandes.

O Ministro acrescentou, concluindo: «Estes camiões cisterna ainda não foram utilizados e podem não ser necessários». O custo desta medida ronda meio milhão de euros.

A comissão interministerial é constituída pelos Ministros Adjunto, Eduardo Cabrita, do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, e do Mar, Ana Paula Vitorino.

O objetivo da Comissão é identificar os problemas e acompanhar a evolução da atual situação da seca em Portugal continental.

 

Foto:  Ministros da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, e do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, na conferência de imprensa após a reunião da comissão interministerial, Lisboa, 19 julho 2017 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)