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2017-07-11 às 14h01

Ligação Lisboa-Pequim «reforça dimensão de Portugal como grande hub intercontinental»

Primeiro-Ministro António Costa e Presidente do Parlamento da China, Zhang Dejiang, na cerimónia de inauguração dos voos diretos entre Lisboa e Pequim (Foto: António Cotrim/Lusa)

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que a criação da ponte aérea entre Lisboa e Pequim, com voos a partir de 26 de julho, «reforça a dimensão de Portugal como grande hub intercontinental».

Na cerimónia de inauguração dos voos diretos entre as capitais de Portugal e da China, em Lisboa, o Primeiro-Ministro, acompanhado pelo Presidente do Parlamento da China, Zhang Dejiang, destacou que Portugal já é «o grande hub para o Brasil e o grande hub para África».

«Com a abertura destas rotas para o Oriente, Portugal pode transformar-se num hub estratégico para fazer aquilo que, ao longo da história, Portugal e os portugueses sempre fizeram: unir povos, unir culturas, abrir portas», disse.

Numa cerimónia na qual também estiveram presentes os Ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, António Costa destacou que a rota Lisboa-Pequim tem um «enorme simbolismo» e «é a nova rota da seda do século XXI».

O Primeiro-Ministro frisou ainda o contributo da comunidade chinesa residente em Portugal para o desenvolvimento do País, e o «investimento ativo» da China.

A rota vai ser operada pela Beijing Capital Airlines, do grupo Hainan Arlines, e foi acordada durante a visita do Primeiro-Ministro a Pequim, há nove meses.

O Governo espera que o atual número de frequências (três) venha a aumentar e que haja uma diversificação de destinos em Portugal, designadamente para o Porto.

Sines na Nova Rota da Seda

O Primeiro-Ministro afirmou também que o porto de Sines pode desempenhar uma «posição capital» se for incluído na Nova Rota da Seda, um projeto internacional de infraestruturas proposto pela China.

«Não ignoramos como o porto de Sines tem uma posição capital para poder vir a ser, ao nível das rotas marítimas, uma peça fundamental desta iniciativa», referiu.

O projeto chinês abrange mais de 60 países e regiões da Ásia, Europa Oriental, Médio Oriente e África e pretende reeditar simbolicamente as rotas económicas que uniram o Oriente e o Ocidente na rota da seda original.

A iniciativa inclui uma rede ferroviária, portos e autoestradas num total de 65 países e com um alcance de 4,4 mil milhões de pessoas.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa e Presidente do Parlamento da China, Zhang Dejiang, na cerimónia de inauguração dos voos diretos entre Lisboa e Pequim, Lisboa, 11 julho 2017 (Foto: António Cotrim/Lusa)