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2017-06-26 às 15h24

Arco ribeirinho sul deverá ser novo motor de desenvolvimento da península de Setúbal

Primeiro-Minisro António Cosata com os Ministros do Ambiente, Matos Fernandes, e do Mar, Ana Paula Vitorino, e o Presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, Barreiro, 26 junho 2017
Investimento no arco ribeirinho sul

O Primeiro-Ministro António Costa teve uma reunião de trabalho com os presidentes das Câmaras Municipais do Barreiro, do Seixal e de Almada para revitalizar o chamado arco ribeirinho sul, de modo a que possa ser um novo motor de desenvolvimento da península de Setúbal.

O Primeiro-Ministro afirmou que o objetivo da revitalização é criar uma «grande oportunidade para o desenvolvimento do País que é a valorização destes quase 900 hectares que incluem esta zona da Quimiparque, no Barreiro, os antigos terrenos da Siderurgia, no Seixal, e os terrenos da Margueira, em Almada».

Para criar esta oportunidade, «o trabalho conjunto entre o Estado e as autarquias é absolutamente essencial, e, por isso, o novo modelo de governação desta zona incluirá uma maior participação das autarquias locais».

Projetos

António Costa referiu o investimento de «cerca de sete milhões de euros na descontaminação dos solos no Barreiro» e o «concurso para um investimento de seis milhões de euros para a descontaminação dos solos no Seixal», que já está lançado.

«Brevemente será aprovado em Conselho de Ministros o Decreto-Lei que permite retirar os terrenos da Margueira do domínio público e colocá-los em valorização económica», sendo esta «uma área prioritária, porque os estudos urbanísticos estão concluídos pela Câmara de Almada», havendo também «um projeto de um grande arquiteto internacional, Richard Rogers, que está aprovado há bastantes anos».

A área da Margueira tem «grande potencial, nomeadamente para atrair empresas que queiram manter-se na União Europeia depois da saída do Reino Unido (Brexit)».

Esta estratégia de desenvolvimento «tem de ser acompanhada de outros investimentos que são infraestruturantes para a região».

O Primeiro-Ministro referiu que «durante o mês de julho, irá arrancar o processo de construção do novo hospital do Seixal», e da «via de ligação rodoviária entre o Barreiro e o Seixal», no quadro das infraestruturas de apoio ao novo aeroporto, e no quadro dos fundos comunitários pós-2020.

«No mesmo sentido tem que ser encarado o desenvolvimento do Metro do Sul do Tejo, para o que foi estabelecido um grupo de trabalho, na perspetiva do próximo quadro comunitário», acrescentou.

Para o Barreiro, «foi constituído um grupo de trabalho sobre a localização do futuro terminal de contentores» e «vai ser também instalada aqui brevemente uma central de depuração de bivalves».

Ligações fluviais

António Costa afirmou que, no domínio da ligação entre as duas margens do Tejo, «foi possível desbloquear as necessidades de investimento urgente na reparação de navios da Transtejo e da Soflusa com mobilização de 10 milhões de euros até ao final do ano», «realizando já este ano sete grandes reparações».

Este investimento, «a par da publicação do acordo de empresa na semana passada, permite iniciar rapidamente a recuperação da capacidade destas empresas, que fruto do desinvestimento ao longo dos últimos anos têm tido dificuldades na operação dos navios de transporte de passageiros».

Nestas duas empresas, «chegaremos ao final do ano com o mínimo necessário para que todos os navios operem em pleno, prosseguindo necessariamente o investimento no próximo ano até à total recuperação de todos os navios», acrescentou o Primeiro-Ministro, que se deslocou de Lisboa para o Barreiro no barco da carreira.

A reunião decorreu na Câmara Municipal do Barreiro com a presença dos Ministros do Ambiente, Matos Fernandes, e do Mar, Ana Paula Vitorino, e dos presidentes das Câmaras do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, do Seixal, Joaquim Santos, e de Almada, Joaquim Judas.

 

Foto: Primeiro-Minisro António Cosata com os Ministros do Ambiente, Matos Fernandes, e do Mar, Ana Paula Vitorino, e o Presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, Barreiro, 26 junho 2017