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2017-06-20 às 18h54

Diversidade, qualificações e remunerações devem ser pilares essenciais nas grandes empresas

Ministro das Finanças, Mário Centeno

O Ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou que a diversidade, as qualificações e as remunerações devem ser «três grandes ideias muito caras às regras de corporate governance», isto é, da governação das empresas.

Durante a intervenção numa conferência organizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, em Lisboa, o Ministro referiu que «os últimos anos mostraram a importância e a urgência de regular as políticas remuneratórias dos gestores das grandes empresas».

«É fundamental a adoção de melhores práticas remuneratórias que mostrem uma clara preferência por uma gestão responsável e prudente de longo prazo em detrimento da assunção de riscos exagerados e de curto prazo», acrescentou.

Diversidade

Mário Centeno disse que a promoção da diversidade nas empresas assume particular importância «na integração de minorias ou de pessoas com deficiência e no aumento da diversidade em termos de idade, sexo, habilitações e antecedentes profissionais».

O Ministro acrescentou que no capítulo de igualdade entre os géneros «já foram tomadas iniciativas legislativas no sentido de promover o equilíbrio de género nos órgãos de administração e de fiscalização das empresas».

Qualificações

«O Programa do Governo estabelece a adoção de políticas de emprego justas e equilibradas, que promovam a dignidade do trabalho e aumentem o seu valor, porque compreendemos que o aumento da produtividade, pelo aumento do valor acrescentado da produção nacional, depende da valorização do capital humano das empresas», disse Mário Centeno.

Deste modo, «a qualificação dos recursos humanos e o reforço do investimento em inovação, investigação e desenvolvimento implicam adequadas relações laborais que preservem apostas duradouras e de longo prazo», acrescentou o Ministro, salientando a importância das qualificações enquadradas no combate à precariedade.

«O crescimento económico, resultado do aumento da produtividade, depende, por isso, do combate à precariedade, e da sua substituição por relações de trabalho sustentáveis e vínculos laborais dignos, justos e duradouros», referiu.

Remunerações

O Ministro afirmou que a questão das remunerações é uma «matéria muito relevante nas regras de corporate governance», salientando que «a igualdade de rendimentos assume hoje em dia um desafio essencial para as empresas e para a economia nacional».

«A desigualdade salarial que ainda hoje se verifica prejudica e ameaça o estabelecimento de relações sociais saudáveis, estáveis e duradouras», referiu Mário Centeno, acrescentando que «outro aspeto relevante a ter em conta será o da disparidade de rendimentos, fator gerador de desigualdades sociais, e que cumpre continuar a combater».