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2017-06-15 às 22h34

Visitas à Argentina e Chile assinalaram boas relações políticas e abriram oportunidades para comércio e investimentos

Primeiro-Ministro António Costa e Presidente da República do Chile, Michelle Bachelet, no gabinete do ex-Presidente Salvador Allende, Santiago do Chile,15 junho 2017

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «o objetivo principal das visitas à Argentina e Chile foi aproveitar este momento em que se concluem as negociações entre União Europeia e Mercosul, por um lado, e o acordo de modernização entre a União Europeia e o Chile, por outro lado, para perspetivar novas oportunidade de aumentar o comércio e os investimentos».

«Outro objetivo foi promover as oportunidades que Portugal oferece como porta de entrada de exportações para a Europa, através do porto de Sines, como grande plataforma logística», disse, acrescentando que há agora «maiores perspetivas de se intensificar o comércio externo e há oportunidades em ambos os sentidos de investimentos».

O Primeiro-Ministro António Costa referiu também que o objetivo das duas visitas oficiais foi «aproveitar as boas relações políticas que Portugal possui, quer com o Chile, quer com a Argentina», tanto mais que há «um bom relacionamento pessoal com os governantes do Chile e da Argentina e que deve servir agora para abrir portas».

Devido às visitas, já «há várias missões empresariais já marcadas para os próximos meses», afirmou António Costa no final do segundo dia da sua visita oficial do Chile, na qual foi acompanhado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

Novas oportunidades

Por outro lado, «havendo a perspetiva de se fechar o acordo entre União Europeia e Mercosul até ao final deste ano e estando em processo acelerado a renegociação do acordo de parceria estratégica entre União Europeia e Chile, é muito importante Portugal ter a vantagem de começar a explorar já as novas oportunidades que vão surgir».

Assim, «Portugal reabriu o escritório da AICEP (Agência de Investimento para o Comércio Externo) na Argentina, e realizámos em Buenos Aires e Santiago seminários económicos, onde um conjunto de empresas procurou estabelecer contactos entre si», referiu o Primeiro-Ministro, acrescentando que no Chile «há já várias empresas portuguesas que têm uma presença bastante pujante».

«Argentina e Chile são dois países que estão a fazer bastantes investimentos em infraestruturas, e nas áreas da energia e do turismo. São áreas em que empresas portuguesas têm já uma vasta experiência internacional acumulada. Portanto, têm aqui boas oportunidades de investimento», disse ainda António Costa.

Neste segundo dia o Primeiro-Ministro visitou a Biblioteca Nacional de Santiago do Chile, onde observou documentação histórica do século XVI, particularmente o acervo referente à circunavegação de Fernão Magalhães.

No final do primeiro dia da visita, o Primeiro-Ministro António Costa deslocou-se ao Museu da Memória, dedicado à ditadura militar que governou o país entre 1973 e 1988 e às suas vítimas (três mil mortos e 40 mil presos e torturados), tendo recordado que o golpe de Estado do general Pinochet contra o Presidente Salvador Allende, e a ditadura militar foram marcantes para a sua geração.

Antes, António Costa tinha visitado, com a Presidente Michelle Bachelet (cujo pai, o general Alberto Bachelet morreu na prisão em 1974 na sequência de um interrogatório) o gabinete e o local onde o Presidente Allende se suicidou. 

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa e Presidente da República do Chile, Michelle Bachelet, no gabinete do ex-Presidente Salvador Allende, Santiago do Chile,15 junho 2017