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2017-06-12 às 19h04

Consumidores passam a pagar apenas aquilo que utilizam com a economia circular

Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes

O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que com a concretização da economia circular os consumidores «vão passar apenas a pagar aquilo que objetivamente utilizam».

Em declarações à agência Lusa, no dia em que se inicia a consulta pública do Plano de Ação Nacional para a Economia Circular, o Ministro referiu que «não há nenhuma razão para que os consumidores paguem mais», acrescentando que estes «vão deixar de adquirir equipamentos que na maior parte do tempo da sua vida estão parados.

«Com o advento da economia circular e a sua afirmação, vamos deixar de ser consumidores para passar a ser utilizadores e, assim sendo, só vamos pagar aquilo que usamos», reforçou o Ministro.

Matos Fernandes frisou também que se o consumo primário não for reduzido, «daqui a uns tempos a pergunta deixará de ser se é mais caro ou mais barato e passará a ser se existe ou se não existe».

A economia circular afasta uma economia linear, em que são extraídos recursos à natureza para serem usados e deitados fora, e promove uma política com base na redução do uso dos materiais primários e na aposta na reciclagem e reutilização de produtos.

O Plano de Ação Nacional para a Economia Circular é uma das prioridades do Governo e resulta de um trabalho conjunto das áreas de governação do Ambiente, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Economia e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

Contratos de utilização

O Ministro do Ambiente afirmou que já há empresas a fazer contratos «com outras empresas que antigamente vendiam computadores ou fotocopiadoras e passaram a ter contratos de utilização».

«[Este tipo de serviço] ainda não chegou às casas de cada um de nós mas iremos certamente passar a pagar pelos ciclos de lavagem e não pela máquina de lavar roupa e pelos quilómetros que são feitos pelo pneu em vez de comprarmos o pneu propriamente dito», referiu.

João Pedro Matos Fernandes acrescentou que será «fundamental a consciencialização das pessoas através de campanhas mais ou menos alargadas».

O Fundo Ambiental já lançou um aviso no valor de um milhão de euros para pagar o desenvolvimento de modelos de negócios circulares como incentivo para as empresas.