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2017-06-05 às 10h31

«Só existe um caminho para a competitividade: apostar no potencial das qualificações dos portugueses»

Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na apresentação do projeto GEN1OS, Lisboa, 5 junho 2017 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)

«Só existe um caminho para a competitividade: apostar no potencial das qualificações dos portugueses», afirmou o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na apresentação do projeto GEN10S Portugal, em Lisboa, presidido pelo Primeiro-Ministro, António Costa.

O Ministro sublinhou: «A aquisição de competências digitais não é um mero ponto de chegada, mas um ponto de partida para ir mais longe», sendo «determinantes para todos, independentemente da área de formação ou da profissão exercida».

O objetivo do projeto GEN1OS é formar em programação Scratch cinco mil alunos do 5.º e 6.º ano.

Transversalidade das competências digitais

«As competências digitais, sendo verdadeiramente transversais e imateriais, são tão importantes na atualidade como ler, contar, expressar, sentir, e até pensar», «para que possamos chegar mais aos outros», disse Tiago Brandão Rodrigues.

O Ministro referiu também que as competências digitais são essenciais «para que sejamos todos uma ponte e possamos destruir o fosso que hoje existe – e que se irá aprofundar ainda mais – de todos os que se mantiverem distantes das competências digitais».

«Saber estar, ser e fazer no digital é, por isso, um fundamental instrumento de integração de toda a sociedade», acrescentou Tiago Brandão Rodrigues, referindo que, «por terem esta natureza transversal, as competências digitais exigem uma resposta coordenada, que não deixe ninguém de fora».

Coordenação de estratégias europeias e nacionais

«Uma resposta em competências digitais tem de chegar, sem dúvida, aos mais jovens, mas também aos adultos», realçou o Ministro, afirmando que «este movimento tem de reforçar a competitividade do País, ao mesmo tempo que combate a exclusão social, económica, e até informativa».

Tiago Brandão Rodrigues lembrou que «não estar no digital deixa-nos excluídos de entender o mundo como ele verdadeiramente acontece nos dias de hoje».

«No espaço europeu, até 2020, estima-se que fiquem por preencher cerca de um milhão de postos de trabalho por falta de competências digitais, quer no setor das telecomunicações, quer nas comunicações», acrescentou o Ministro.

Por outro lado, «sabemos que existe uma taxa de desemprego de jovens que procuram trabalho, entre os 18 e os 24 anos, que atinge quase 20% no espaço europeu», disse Tiago Brandão Rodrigues, referindo que «este desajuste entre a procura e a oferta de trabalho não faz sentido, mas acontece todos os dias».

«A resposta necessária a nível europeu já se começou a desenvolver, com a agenda para as novas competências» e «os Estados-membros têm acordado entre si programas de ação para a garantia de competências. O europass já está hoje já em curso, mas isto não basta», afirmou o Ministro.

Tiago Brandão Rodrigues referiu: «Temos de responder a este desafio também de forma nacional. O Governo já começámos a trabalhar com a OCDE e, em 2017, já estamos na fase de ação da estratégia nacional de competências».

Papel das escolas na universalização do digital

«O Governo tem uma estratégia de competências digitais para os adultos e outra para todos os alunos do sistema educativo português», afirmou o Ministro.

Para os mais jovens, «é importante promover as competências digitais em todos os níveis, mas também em todas as modalidades de ensino», ou seja, «no ensino humanístico, mas também no artístico e – como é óbvio – no ensino profissional», disse ainda.

«Temos de o fazer junto dos nossos alunos, mas também junto dos nossos docentes, numa ótica de formação contínua, para além da relação como as comunidades locais», acrescentou Tiago Brandão Rodrigues.

O Ministro exemplificou com o Ambiente como «caso de sucesso da ‘contaminação’ do conhecimento pelas escolas»: «A inovação tem de fazer parte da matriz educativa das pessoas, e não apenas como uma competência autónoma e independente de todas as outras».

«Para além das escolas, parcerias como que deu origem a este projeto são fundamentais para o ensino do digital chegar a todo o País». «O Governo sabe disso e associa-se a outros parceiros para chegar mais longe», referiu também.

80% de literacia digital em 2030

Tiago Brandão Rodrigues lembrou que «a iniciativa nacional de competências digitais – INCoDe.2030 - tem como objetivo chegar mais longe nas competências digitais».

«O INCoDe.2030 visa promover, entre outras metas, a igualdade de oportunidades, a modernização da administração pública e o reforço da coesão social», disse o Ministro.

E concluiu: «A nossa ambição é chegarmos a 2030 com 80% das pessoas a ter um conjunto de competências básicas no digital».

 

Foto: Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na apresentação do projeto GEN1OS, Lisboa, 5 junho 2017 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)