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2017-06-01 às 15h01

Desafios atuais no mundo «exigem respostas complexas»

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que os problemas atuais na Europa «exigem respostas complexas» e não podem ser resolvidos com fórmulas e soluções simples como acreditam os populistas.

Na abertura do Fórum Lisboa 2017, organizado pelo Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, o Ministro referiu que os problemas «precisam do trabalho e esforço de todos para conhecer a história de uns e de outros, reconhecer a autoridade e comunicar entre cada um».

«Os valores democráticos, o Estado de Direito, a democracia, a qualidade das instituições, o empoderamento das mulheres, a educação dos mais novos – estas são as receitas contra o populismo, radicalização e, no fim, contra o terrorismo», acrescentou Santos Silva.

O Ministro disse ainda que que o Centro Norte-Sul tem um papel importante no contexto europeu porque «atua num ambiente multilateral, com uma abordagem de baixo para cima, na promoção do diálogo e partilha da responsabilidade que cabe a todos, de contribuir para interligar as pessoas e evitar o populismo».

Lisboa como elo de ligação

Augusto Santos Silva afirmou também que Lisboa é uma boa localização para a estrutura do Conselho da Europa dedicada ao diálogo entre o Norte e o Sul: «Pela sua história e pela sua identidade, os portugueses são um povo com um grande sentido dos valores universais e com uma tendência para ser uma ponte entre geografias e culturas».

O Centro Norte-Sul tem 20 membros, incluindo países que fazem parte do Conselho da Europa, além do Vaticano e, ainda, da margem sul do Mediterrâneo, como Marrocos, Tunísia e Cabo Verde, mas o Ministro referiu a importância de se estender a cooperação para olhar novamente para a África subsaariana.

«É uma estrutura única onde o Norte e o Sul se encontram em pé de igualdade e discutem desafios comuns, onde promovemos a solidariedade, onde criamos parcerias, onde desenvolvemos a interdependência, numa palavra, onde nós aprofundamos os nossos laços», referiu.