Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2017-05-31 às 15h03

Crescimento do turismo deve-se a dez anos de investimento na formação, criação de rotas e promoção

Primeiro-Ministro António Costa no final da sessão de encerramento do Fórum de Turismo Interno «Vê Portugal», Leiria, 31 maio 2017 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)

O crescimento do turismo em Portugal deve-se à qualidade da oferta e resulta de uma estratégia prosseguida «ao longo de mais de dez anos de investimento na formação, na criação de novas rotas, numa estratégia inteligente de promoção e de diversificação da nossa oferta turística», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa.

O Primeiro-Ministro, que discursava na sessão de encerramento do Fórum de Turismo Interno «Vê Portugal», em Leiria, acrescentou que o crescimento do turismo não teria sido possível «sem a qualidade do investimento e do profissionalismo daqueles que trabalham no setor».

«O grande desafio que temos é prosseguir o objetivo de diversificar e combater a sazonalidade da nossa oferta», disse, acrescentando que «para isso, é necessário contar com o conjunto do nosso território em toda a sua diversidade».

António Costa afirmou que pensar que o crescimento do turismo é «conjuntural e se deve a problemas existentes em outras regiões do mundo» é injusto.

Qualidades do País e da oferta

É injusto, «primeiro, para a qualidade da nossa oferta e, sobretudo, para a qualidade e excelência dos serviços turísticos proporcionados pelos profissionais do setor do turismo».

É injusto para «as qualidades intrínsecas que o País tem», nomeadamente «no turismo da natureza, cultural, e na excelência da gastronomia».

Afirmando que os dados desmentem esta visão, o Primeiro-Ministro disse que «o que temos verificado é que esses problemas se centram em regiões do mundo [onde] a oferta é sol e praia».

Todavia, «o grande crescimento que temos tido no turismo nos últimos anos não é na nossa oferta de sol e praia – essa felizmente era boa, continua bem e vai continuar bem».

«Onde temos tido um crescimento mais forte e significativo é a naquela oferta que não se centra no sol, nem na praia», referiu, apontando que o turismo triplicou, sobretudo, nas regiões que não têm sol nem praia.

Motor de crescimento

António Costa disse que o turismo é um «dos grandes motores do crescimento da economia nacional», tendo contribuído «em mais de 16% para o conjunto das exportações de bens e serviços e para 49% das exportações só no setor dos serviços», em 2016.

Por isto, «o crescimento da economia nacional, a fortíssima redução do desemprego e a criação de emprego deve-se muito ao setor do turismo».

O Primeiro-Ministro apontou ainda a necessidade de olhar para as regiões de Espanha que fazem fronteira com Portugal e ver o mercado português «como sendo um mercado não de 10 milhões de habitantes, mas de 60 milhões de consumidores».

Por isso, a fronteira deve deixar de ser uma linha de separação e passar a ser «ponto de união» entre Portugal e Espanha e entre os agentes económicos e culturais dos dois países, para que se possa «criar em conjunto um grande mercado», reafirmando o que tinha dito na Cimeira Luso-Espanhola.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa no final da sessão de encerramento do Fórum de Turismo Interno «Vê Portugal», Leiria, 31 maio 2017 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)