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2017-05-23 às 17h42

Venda da Nanium permite manter atividade da empresa e 550 empregos

Secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira

Os Secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e do Tesouro, Álvaro Novo, aprovaram a venda da parcela detida pela AICEP na empresa Nanium (ex-Qimonda) pela empresa americana Amkor Technology.

A decisão do Governo permitiu assegurar os cerca de 550 postos de trabalho, muitos deles altamente qualificados, numa empresa emblemática para a região Norte do País e para a economia nacional, representando mais de 35 milhões de euros de exportações.

A empresa fabrica produtos de alta qualidade tecnológica, nomeadamente fornecendo soluções de embalagens de semicondutores.

A Amkor, pela sua dimensão e capacidade financeira, tem condições para assegurar os significativos investimentos que a Nanium requer nos próximos anos, única forma de manter a sua competitividade internacional.

A decisão foi tomada após a audição da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), que deu parecer favorável à transação.

A Nanium nasceu da falência da multinacional alemã Qimonda e, atualmente, era detida pela AICEP em representação do Estado Português, com 17,88%, e pelos Bancos BCP (41,06%) e BES (41,06%).

A solução agora encontrada é estratégica e económica e financeiramente vantajosa para o Estado e para os trabalhadores da empresa.

A ex-Qimonda recebeu apoios diretos ao investimento aprovados no programa de incentivos à modernização da economia (PRIME), no ciclo 2000-2006, e nos sistemas de incentivos do QREN, no ciclo 2007-2013.

Com esta venda, o Estado Português recuperou os créditos remanescentes correspondentes aos incentivos concedidos e ainda não reembolsados, no valor de 8 930 126 euros, e vai também recuperar, de forma gradual, a componente capital investida na empresa, resultante do processo de insolvência da Qimonda.

A aquisição da Nanium pela Amkor é um passo sólido para a viabilidade e crescimento a médio e a longo prazo da empresa, enquadrada num grupo que é o segundo maior do setor a nível mundial, com um volume de negócios, em 2016, de 3900 milhões de dólares.

Ao autorizar a operação de alienação da totalidade da participação social por si detida na empresa, proposta pela, o Secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e a Agência, procuraram evitar futuros investimentos do Estado Português na empresa, ou a consequente perda de valor em decurso das suas permanentes necessidades.

O Governo, ao tomar esta decisão, teve também em conta o facto de que, até ao momento, todos os recebimentos provenientes do processo de insolvência da Qimonda se mantiveram na empresa, única forma de financiamento da sua atividade.