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2017-05-19 às 13h01

Portugal tem de se concentrar no que quer «fazer a seguir a 2020»

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na abertura oficial do sublanço entre Carvalhos e Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, 19 maio 2017

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que está na altura de Portugal começar a pensar no que quer «fazer a seguir a 2020», com uma perspetiva de médio prazo e um processo de planeamento bem consolidados.

«2020 é já amanhã. E se queremos fazer bem no pós-2020, temos de preparar bem a negociação com Bruxelas e só preparamos bem se internamente nos preparamos para sabermos aquilo que queremos», disse António Costa, na abertura oficial do sublanço entre Carvalhos e Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia.

Portugal já tem em «execução plena e velocidade de cruzeiro os fundos do Portugal 2020» e é agora altura de focar a concentração na ambição do País para depois de 2020: «Temos de nos conseguir situar nesta perspetiva de médio prazo de forma a ter um processo de planeamento do País que seja mais informado, mais participado e mais consensualizado».

O Primeiro-Ministro afirmou que a inspiração tem de vir dos «bons exemplos dos outros países da União Europeia» e acrescentou que vai abrir o debate a autarcas, associações empresariais, associações ecologistas, instituições de solidariedade social, mutualidades, misericórdias e universidades.

Recuperar capacidade técnica

António Costa frisou que «é essencial que o Estado volte a recuperar a capacidade técnica que infelizmente perdeu» e, para isso, destacou a importância do novo programa de infraestruturas: «Não estamos a falar de obras para uma legislatura, ou duas ou três. Estamos a falar de obras que marcarão pelo menos o próximo século. Tem de ser rodeado de um grande consenso nacional».

O programa para o futuro não deve ser um programa do Governo mas sim do País, «para todas e todos os portugueses de forma a alcançar uma estratégia convergente para continuar a crescer e a gerar mais e melhor emprego e a reduzir as desigualdades».

Neste âmbito, o programa Capitalizar é considerado como central, porque cria condições para que as empresas portuguesas possam ver reforçados os capitais próprios e possam ter acesso a mecanismos alternativos de financiamento.

O Primeiro-Ministro disse ainda que «o investimento privado tem sido essencial como motor do crescimento da economia ao longo do último ano». «Tivemos um aumento de cerca de 7% do investimento privado ao longo de 2016», referiu, acrescentando que «não é possível prescindir do investimento público».

Depois da inauguração do túnel do Marão, que encerrou o ciclo de grandes obras de infraestruturas rodoviárias, o Primeiro-Ministro referiu que a prioridade passou agora para os portos, a ferrovia e para a mobilidade urbana, sem esquecer as que parecem «pequenas obras mas que fazem grande diferença na vida das comunidades».

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na abertura oficial do sublanço entre Carvalhos e Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, 19 maio 2017