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2017-05-10 às 15h42

Reforço das competências digitais é necessário para gerar mais e melhor emprego

Primeiro-Ministro António Costa no debate quinzenal, Assembleia da República, 10 maio 2017 (Foto: António Cotrim/Lusa)

«A revolução tecnológica e digital exige que antecipemos os seus impactos no mundo laboral para potenciar as oportunidades de criação de emprego que oferece», afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa, na abertura do debate quinzenal dedicado às políticas de emprego, na Assembleia da República.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «é necessário reforçar as competências digitais com um programa que - até 2020 - assegure a literacia digital a 50 mil cidadãos em idade ativa e reconverta 18 mil licenciaturas de baixa empregabilidade nas novas oportunidades digitais», referindo-se ao programa Qualifica.

No mesmo sentido, a Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, referiu que «há uma enorme procura de pessoas com competências digitais no País».

«O centro mundial de competências digitais da Mercedes, ontem apresentado em Lisboa, é o mais recente exemplo que os tempos estão a mudar», disse António Costa.

Queda do desemprego entre os jovens e desempregados de longa duração

«Um País só pode prosperar com cidadãos realizados, uma sociedade justa e uma economia forte», disse ainda o Primeiro-Ministro, acrescentando que estes «são três desígnios que irão sempre orientar o trabalho do Governo».

António Costa lembrou que, «ao mesmo tempo que registamos a maior criação de emprego desde 1998, conseguimos uma redução expressiva do desemprego em dois segmentos críticos da população», os jovens e os desempregados de longa duração.

Em resposta a perguntas dos deputados, o Primeiro-Ministro referiu também que «houve um aumento real de 2% no poder de compra dos trabalhadores» e que «há mais pessoas empregadas, as pessoas estão a receber mais, e quem ganhava menos está a ganhar mais».

Prioridades nas políticas de emprego

«Mas temos ainda um longo caminho a percorrer para que, a nenhum português, seja negada a possibilidade de ter um emprego digno, um salário justo e uma oportunidade de se realizar plenamente», ressalvou o Primeiro-Ministro.

António Costa lembrou que «o caminho de crescimento sustentável passa pela revalorização dos direitos laborais, apostando nas qualificações e na dignificação do trabalho», recordando, em primeiro lugar, a subida do salário mínimo, em dois anos, «de 505 para 557 euros, com acordo na concertação social».

«A segunda dimensão relevante para a dignificação do trabalho é a da valorização do diálogo social a todos os níveis», o que «passa pela promoção da negociação coletiva», acrescentou António Costa.

«Em terceiro lugar, o combate à precariedadeconstitui uma prioridade absoluta para dignificar o trabalho, reforçar a confiança das famílias, e consolidar a aposta nas qualificações ao longo da vida como vetor estratégico para melhoria da produtividade das empresas e da qualidade da Administração Pública», referiu o Primeiro-Ministro.

Combate à precariedade deve envolver toda a sociedade

«Já a partir de amanhã [dia 11 de maio], e até 30 de junho, os trabalhadores do setor público que desempenhem funções permanentes, e que não tenham o vínculo adequado, podem apresentar requerimentos para verem as suas situações laborais analisadas e corrigidas», disse ainda António Costa.

E realçou que «o Estado tem de ser o primeiro a dar o exemplo, mas o combate à precariedade deve envolver toda a sociedade».

No setor privado, o Governo procedeu ao «reforço do número de inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho e melhorou os instrumentos para o reconhecimento da efetiva relação laboral e a proteção dos trabalhadores durante o processo de reconhecimento».

«Por fim às situações de precariedade é essencial para reforçarmos o modelo de trabalho digno e com direitos em que se devem basear numa sociedade decente», concluiu.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa no debate quinzenal, Assembleia da República, 10 maio 2017 (Foto: António Cotrim/Lusa)