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2017-05-09 às 13h55

«Melhores postos de trabalho chegam a Portugal para aproveitar os melhores engenheiros»

Primeiro-Ministro António Costa no evento de promoção do novo centro de competências digitais da Mercedes Benz, Lisboa, 9 maio 2017

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o ciclo «em que os melhores engenheiros tinham de emigrar para ter trabalho» foi substituído por um em que «os melhores postos de trabalho chegam a Portugal para aproveitar os melhores engenheiros».

No evento de apresentação do novo centro de competências digitais da Mercedes Benz, em Lisboa, António Costa destacou a inversão do ciclo no emprego em Portugal, em que a emigração deu lugar à criação de postos de trabalho qualificados no País.

António Costa referiu que Portugal é um «País aberto ao investimento estrangeiro, à atração de talentos e ao cruzamento de culturas» e que «a visão de médio prazo para Portugal aponta para a necessidade de investir nas qualificações e na inovação», dando assim continuidade à «maior reforma estrutural do País» iniciada há 20 anos com o investimento na ciência.

«Não estamos aqui por acaso. O País fez uma evolução notável nos últimos anos, graças à aposta feita há 20 anos na ciência e na criação de engenheiros. Em cerca de dez anos, o número de cientistas e engenheiros na população ativa portuguesa passou de 3% para 6,6%. Já estamos a poucas décimas de estar ao nível da média europeia», acrescentou.

Mais jovens cientistas e engenheiros

António Costa frisou que Portugal passou de 4,7% para 11% de jovens cientistas e engenheiros no escalão etário entre os 25 e os 34 anos, numa evolução que supera a média da União Europeia de 8,8%.

A evolução é consequência da «maior reforma estrutural» feita há vinte anos quando Portugal «decidiu investir na prioridade à educação» e onde as «engenharias e áreas tecnológicas foram a primeira prioridade».

Agora, o Primero-Ministro afirmou ser necessário «continuar a investir nestas prioridades, como a universalidade de acesso ao pré-escolar, a aposta no sucesso educativo no ensino básico e secundário, o alargamento da oferta de frequência do ensino superior e o investimento na ciência e nas competências digitais».

António Costa realçou ainda «as metas de combater a infoexclusão de 50 mil pessoas até 2020» e reconverter em competências de programação 18 mil licenciados, sobretudo aqueles que estão em áreas de baixa empregabilidade.

A nova estrutura da Mercedes Benz está a funcionar desde o início de maio e poderá recrutar até 125 pessoas. O Primeiro-Ministro referiu que a decisão da empresa em localizar o centro de competências digitais em Lisboa «é mais um sinal claro de que Portugal é hoje um destino atrativo para atividades inovadoras e com elevada exigência em termos de competências».

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa no evento de promoção do novo centro de competências digitais da Mercedes Benz, Lisboa, 9 maio 2017