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2017-04-21 às 14h12

Municípios têm de ser «os grandes dinamizadores do desenvolvimento económico e social»

Primeiro-Ministro António Costa com os intervenientes no Pacto Territorial para o Emprego e Desenvolvimento da Marinha Grande 2030, 21 abril 2017 (Foto: Clara Azevedo)

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que os municípios têm de ser «os grandes dinamizadores do desenvolvimento económico e social do seu território», na assinatura do Pacto Territorial para o Emprego e Desenvolvimento da Marinha Grande 2030.

Este pacto é «exemplar daquilo que o País precisa para o seu desenvolvimento» e «um bom exemplo de como é possível casar o conjunto» de vários agentes, disse o Primeiro-Ministro.

O papel dos municípios deixou de ser apenas o de fornecimento de serviços, de responder à necessidade de equipamentos ou de intervir na qualidade do espaço público, disse.

Os municípios assumem um «papel da maior importância» no desenvolvimento, pelo que «têm mesmo de dispor dos meios e dos recursos necessários para poderem desenvolver plenamente a sua atividade».

O Pacto Territorial para o Emprego e Desenvolvimento da Marinha Grande 2030 surge na sequência do pacto territorial de 1998 que permitiu à Marinha Grande superar a crise, e é o «resultado de um consenso com parceiros estratégicos», nomeadamente instituições de ensino, associações empresariais e centros de investigação, disse o presidente da Câmara da Marinha Grande, Paulo Vicente.

Exemplo da Marinha Grande

O Primeiro-Ministro afirmou que a história da Marinha Grande é exemplar para o desenvolvimento que Portugal precisa.

«De uma situação de rutura e crise, temos hoje um dos centros mais dinâmicos da indústria nacional, com uma taxa de desemprego que é quase metade da taxa de desemprego do País e que é um dos principais centros de exportação», afirmou António Costa.

Mas «a contribuição da Marinha Grande para a economia do País também é da maior importância pelo efeito de fixação de um conjunto de atividades que querem estar cada vez mais próximos dos moldes», que são uma das principais indústrias do distrito de Leiria.

António Costa disse ainda que o concelho emergiu da crise do setor do vidro ao apostar «em fazer diferente e em fazer melhor em vez de apostar em fazer mais do mesmo».

«A contribuição da Marinha Grande para a economia do País é da maior importância pelo efeito que tem de arrastamento e de fixação de um conjunto de atividades que se fixam em Portugal porque querem estar cada vez mais próximos dos moldes», acrescentou.

«Hoje, nos moldes, nos plásticos e também no vidro, a Marinha Grande é uma referência e um dos grandes dinamizadores da nossa economia», referiu.

«Para haver inovação é preciso haver investimento na qualificação, transferência do conhecimento para o tecido empresarial e um tecido empresarial que seja capaz de transformar este conhecimento em valor», disse ainda.

Investir na qualificação

António Costa afirmou que é preciso «assegurar a universalidade do acesso ao pré-escolar desde os três anos», lembrando que as crianças que frequentam o pré-escolar têm melhor sucesso educativo.

«Não podemos ter gerações como a minha, em que a maioria não completou o ensino secundário. Esta é a grande diferença entre nós e os países mais desenvolvidos da Europa. É o maior défice estrutural que o País tem e que temos de travar», disse.

O Primeiro-Ministro realçou a importância da valorização dos conteúdos e o melhoramento do ensino, dizendo ainda que «é fundamental investir no ensino superior, quer na transmissão do conhecimento, quer na investigação».

«É fundamental que nesta parceria» para incorporar valor nos produtos que já fazemos «estejam grande parte daqueles que são centros de produção de conhecimento», acrescentou.

Continuar a pedalar

António Costa afirmou também que Portugal tem de manter o trabalho feito até aqui para que os índices económicos continuem a melhorar.

«A economia é como as bicicletas: ou se pedala ou pára. Por isso, temos de continuar a pedalar para poder continuar a crescer e criar emprego. E o futuro da nossa economia é muito claro: precisamos de melhorar a competitividade da nossa economia e das nossas empresas para ter mais e melhor emprego», disse.

As «boas indicações» sobre a evolução da economia portuguesa também foram destacadas pelo Primeiro-Ministro: «O Instituto do Emprego divulgou que tivemos, no mês passado, a maior baixa de pessoas inscritas no centro de emprego que alguma vez tínhamos tido».

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa com os intervenientes no Pacto Territorial para o Emprego e Desenvolvimento da Marinha Grande 2030, 21 abril 2017 (Foto: Clara Azevedo)