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2017-04-19 às 18h42

Parque Tecnológico de Cantanhede mostra bem o novo papel dos municípios

Primeiro-Ministro António Costa durante a visita às empresas de biotecnologia do Parque Tecnológico de Cantanhede, 19 Abril 2017 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)
''Expansão do Parque Tecnológico de Cantanhede''

O Primeiro-Ministro António Costa, acompanhado pelos Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, inaugurou o edifício III do Biocant Park, o Parque Tecnológico de Cantanhede.?

O Parque Tecnológico de Cantanhede «é um excelente exemplo de como duas universidades [Coimbra e Aveiro] e um município foram capazes de fazer uma plataforma para atrair empresas e criar um quadro de desenvolvimento do tecido empresarial», disse o Primeiro-Ministro.

No Parque estão instaladas unidades de investigação e empresas que correspondem a 40% do setor da biotecnologia em Portugal, o que «demonstra bem o novo papel dos municípios em Portugal».

No Portugal de hoje, os municípios já não têm só por função assegurar as necessidades básicas da população, mas «são cada vez mais os grandes motores do desenvolvimento económico e social».

«Nenhuma dessas políticas terá sucesso se não tivermos em cada concelho a capacidade e energia de ir à procura dos empreendedores e universidades. Só assim o País pode dar o salto em frente», afirmou António Costa.

Exemplo do novo modelo de desenvolvimento

Este parque é também um «excelente exemplo daquilo que é fundamental no novo modelo de desenvolvimento português», assente no investimento na qualificação e na inovação, afirmou o Primeiro-Ministro.

António Costa destacou ainda o facto de mais de 50% das empresas que estão instaladas no Parque serem estrangeiras, o que representa um «excelente sinal de confiança» na economia nacional.

«Aqui está-se a criar emprego, a atrair para Portugal empresas estrangeiras, contribuindo para criar o valor que precisamos para crescer mais», disse.

O Primeiro-Ministro apontou ainda que o Parque Tecnológico de Cantanhede é um exemplo da razão pela qual o Governo criou o Programa Interface, destinado a levar conhecimento científico às empresas, para que possam aplicá-lo em produtos de mais elevado valor.

O Presidente da Câmara de Cantenhede e do Biocant Park, João Moura, fez o historial do projeto com 15 anos, com a instalação de 35 empresas e unidades de investigação, as quais, entre 2006 e 2015, geraram cerca de 30 milhões em impostos para o Estado português.

João Moura disse ainda que o Biocant quer reforçar o seu núcleo industrial e estimou que nos próximos oito anos, até 2025, possa alcançar os mil milhões de euros em volume de negócios maioritariamente na exportação de conhecimento, produtos e serviços de alto valor acrescentado.

O novo edifício foi projetado para acolher mais uma dezena de empresas que operam no desenvolvimento de biotecnologias.

As instituições que funcionam no Biocant dedicam-se ao desenvolvimento de conhecimento avançado na área das ciências da vida aplicado a iniciativas empresariais de elevado valor acrescentado.

O núcleo do parque é o Centro de Inovação em Biotecnologia, cujo quadro de investigadores está alicerçado aos centros de investigação da Universidade de Coimbra e da Universidade de Aveiro.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa durante a visita às empresas de biotecnologia do Parque Tecnológico de Cantanhede, 19 Abril 2017 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)