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2017-04-05 às 17h22

«Não há modernização do Estado sem modernização da Justiça»

«Não há modernização do Estado sem modernização da Justiça em todas as vertentes, desde os registos até ao sistema judicial», afirmou a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, na sua intervenção num debate sobre o Programa Nacional de Reformas, em Lisboa.

A Ministra acrescentou que, «quando olhamos para os principais eixos do que tem de ser hoje a modernização do Estado no Programa Nacional de Reformas, em todos eles podemos encontrar medidas em curso na área da justiça».

Em primeiro lugar, o eixo da colaboração, em que «é essencial assegurar a colaboração entre diferentes entidades administrativas e níveis de administração para que a Administração Pública possa prestar serviços integrados por eventos de vida dos cidadãos e das empresas», referiu Maria Manuel Leitão Marques.

E acrescentou: «Foi esta a metodologia seguida no passado, como o cartão de cidadão, a Informação Empresarial Simplificada, e – hoje - com a medida nascer cidadão», em que os bebés podem sair das maternidades já com o cartão de cidadão, o boletim de vacinas, o número de identificação fiscal, e o médico de família atribuídos.

Em segundo lugar, o eixo da reutilização e partilha de plataformas, porque «é fundamental reutilizar e partilhar recursos, como é o caso das plataformas informáticas», permitindo às pessoas «ser mais eficientes, mas também não duplicar e triplicar a informação exigida aos cidadãos e às empresas», disse a Ministra.

E acrescentou: «A partilha de plataformas ocorre em muitos serviços prestados pela Justiça, como é o caso da plataforma da interoperabilidade para o cartão de cidadãos, da plataforma de autenticação dos cidadãos ou da plataforma SIGA», que gere o atendimento e é usada por vários organismos da Administração Pública, como a Segurança Social ou as Lojas do Cidadão.

Em terceiro lugar, o eixo da proximidade, com as tecnologias para a informação e comunicação a «ampliar a possibilidade de centralização de back offices e a colaboração entre front offices», afirmou Maria Manuel Leitão Marques.

E sublinhou: «A digitalização da prestação de serviços não pode nunca esquecer a proximidade aos seus utilizadores», pelo que o Governo vai «continuar a aumentar o número de Lojas e Espaços do Cidadão e o digital assistido, de modo a não deixar para trás todos os cidadãos menos familiarizados com as novas tecnologias».

Em quarto lugar, o eixo da inovação, para o qual é necessário que «os programas sejam abertos, discutidos, cocriados e avaliados […] participados, com uma modelação versátil e aberta a novos contributos», referiu a Ministra

E exemplificou com o LabX, «um laboratório de experimentação da Administração Pública que se encontra já a testar novas ideias de inovação e de melhoria da prestação de serviços públicos», como o projeto Espaço Óbito.

Maria Manuel Leitão Marques concluiu: «Os tempos atuais permitem infindáveis aprendizagens e constituem desafios. Ao Governo compete procurar as melhores respostas que devemos aos cidadãos, às empresas, à Administração Pública e à sociedade civil».