Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2017-03-07 às 12h33

«2016 foi um ponto de viragem no Serviço Nacional de Saúde»

Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na apresentação do estudo sobre a sustentabilidade na saúde, Lisboa, 7 março 2017 (Foto: Manuel Almeida/Lusa)

«O mais importante de sinalizar é que 2016 foi um ponto de viragem no Serviço Nacional de Saúde (SNS)» sendo « o ano em que mais portugueses procuraram o SNS», afirmou o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, após a apresentação do estudo sobre a sustentabilidade na saúde, em Lisboa.

Acrescentando que, «mais uma vez, comprovou-se que as taxas moderadoras estavam a ser um agente de barreira e acesso, sobretudo aos mais pobres», o Ministro sublinhou que «as taxas moderadoras são, sobretudo, impactantes em grupos de população muito desfavorecidos». Contudo, «em relação a estas pessoas, já há mais de seis milhões e 300 mil isentas», lembrou.

«Estamos a atentos e, se for preciso intervir no próximo orçamento de forma mais diferenciada e qualificada, fá-lo-emos», disse ainda Adalberto Campos Fernandes, referindo que «todos os anos monitorizamos a relação entre a procura e a oferta, e não nos podemos esquecer que o rendimento é uma combinação de vários fatores. Se melhorarmos as pensões, aumentarmos o emprego e criarmos condições para pagar menos impostos, o rendimento disponível das pessoas aumenta».

SNS mais sustentável

Segundo o estudo apresentado, o SNS está mais sustentável em 2016, o seu financiamento aumentou e a despesa cresceu menos do que tinha acontecido em 2015.

O mesmo estudo refere também que os portugueses têm uma perceção errada dos custos das taxas moderadoras na saúde, estimando valores acima (em cerca de 5 euros) dos reais 7 euros. Apesar de tudo, consideram que é uma quantia adequada.

Em relação aos efeitos dos custos reais dos cuidados de saúde, o estudo diz que 10,7% dos portugueses deixaram de ir às urgências por falta de dinheiro, 3,9% não fizeram exames de diagnóstico, 3,4% perderam uma consulta num hospital público e 2,4% não foram a uma consulta com o médico num centro de saúde.

Quanto aos que deixaram de comprar medicamentos prescritos pelos médico por causa do seu custo, o estudo indica que estes números têm vindo a cair desde 2014, mas ainda assim foram 11,8%.

 

Foto: Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na apresentação do estudo sobre a sustentabilidade na saúde, Lisboa, 7 março 2017 (Foto: Manuel Almeida/Lusa)